Esta não é a primeira vez que este fenômeno acontece. Radiotelescópios terrestres já coletaram sinais de rádio do cosmos e os astrofísicos conseguiram explicar a maioria deles de maneira plausível — mas não todos. Na verdade, estrelas, nebulosas, galáxias e até planetas são fontes astronômicas de ondas de rádio que os cosmólogos conseguem identificar na Terra de vez em quando.
Porém, não demorou muito para perceberem que esse sinal de rádio é diferente dos demais. E ele é muito incomum por uma razão: passa por três estados de emissão completamente diferentes. Às vezes emite flashes que duram entre 10 e 50 segundos, e nessas ocasiões as ondas de rádio se propagam em uma única direção. Em outras ocasiões, os pulsos são muito mais curtos (durando cerca de 370 milissegundos) e se propagam em todas as direções. E por fim, em alguns momentos o objeto que provoca este sinal permanece completamente “silencioso”. Em absoluto silêncio.
Os astrofísicos que investigam este fenômeno cosmológico publicaram um artigo muito interessante na Nature Astronomy no qual explicam tudo detalhadamente. A doutora Manisha Caleb, autora principal deste estudo, confirma que estamos diante de um fenômeno sem precedentes: “O mais intrigante é que este objeto exibe três estados de emissão diferentes, e cada um deles tem propriedades completamente diferentes dos outros dois. […] O radiotelescópio MeerKAT desempenhou um papel crucial na distinção entre esses estados”.
*Texto traduzido do site Xataka