Sob pressão de aliados democratas para desistir, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com 81 anos, anunciou que não concorrerá à reeleição em novembro. Biden, que enfrentava críticas após um debate desfavorável contra o republicano Donald Trump e várias gafes públicas, estava sob crescente pressão do Partido Democrata. Sua saúde e capacidade cognitiva foram amplamente questionadas, levando alguns doadores a cancelar contribuições financeiras para a campanha.
Em uma declaração na rede social X, Biden disse: “Acredito que é do interesse do meu partido e do país que eu renuncie e me concentre apenas em cumprir meus deveres como presidente pelo resto do meu mandato”, prometendo fornecer mais detalhes sobre sua decisão naquela semana.
Neste domingo (21), Biden anunciou sua retirada da disputa presidencial e, em seguida, endossou Kamala Harris, a vice-presidente, como a candidata do Partido Democrata.
“Quero oferecer meu total apoio e endosso para que Kamala seja a escolhida do nosso partido este ano. Democratas, é hora de nos unirmos para derrotar Trump”, declarou Biden nas redes sociais.
Biden estava sob pressão para desistir, conforme revelado por uma pesquisa da Emerson Polling de 15 e 16 de julho, que indicava a vitória de Trump sobre ele nos sete estados decisivos. No entanto, a pesquisa sugeriu que um “democrata mais jovem” poderia vencer Trump nesses estados.
Reportagens da CNN na quarta-feira (17) indicaram que Biden consultou assessores sobre a viabilidade eleitoral de Kamala Harris como possível candidata principal, em meio ao seu isolamento por Covid-19 em Delaware.
Recentemente, Biden teve dificuldades para entrar em um carro após desembarcar de um avião, e em uma entrevista à BET, ele hesitou e pareceu esquecer o nome do secretário de Defesa, Lloyd Austin, gerando controvérsia.
“Trata-se de dignidade. Por exemplo, veja a pressão que recebo por ter nomeado… o secretário de Defesa, um homem negro”, disse Biden, corrigindo-se imediatamente após uma pausa.