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Forças de Maduro abandonam cerco à embaixada da Argentina na Venezuela, diz jornal argentino

Após 48 horas de tensão, as forças de segurança leais ao presidente Nicolás Maduro, que cercavam a embaixada da Argentina em Caracas, retiraram-se no domingo (8), de acordo com informações do jornal argentino Clarín. O cerco começou na sexta-feira (6) e envolveu um grupo de homens encapuzados que rondavam a sede diplomática, onde estavam seis opositores do governo venezuelano.

A retirada das forças coincidiu com a saída de Edmundo González Urrutia, candidato opositor de Maduro, que deixou o país e se exilou na Espanha no mesmo dia. González vinha enfrentando crescente pressão do regime após as polêmicas eleições presidenciais de julho, cujo resultado foi contestado por vários países e pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que afirmou que o opositor foi forçado ao exílio.

O Brasil, que havia assumido temporariamente a proteção da embaixada argentina após a expulsão de seus diplomatas por Maduro, também foi envolvido na crise. No sábado (7), a Venezuela notificou o Brasil que revogaria essa custódia, aumentando a tensão diplomática. O Itamaraty expressou surpresa com a decisão e informou que manteria a proteção até que um substituto fosse indicado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência para discutir a situação, reiterando que o Brasil não reconhece os resultados das eleições venezuelanas, mas não pretende romper relações diplomáticas com o país.

A crise atraiu a atenção internacional, com EUA, União Europeia e diversos países latino-americanos condenando o processo eleitoral na Venezuela e recusando-se a validar a reeleição de Maduro.

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