Economia

Indústria Digital Brasileira Receberá R$ 144 Bilhões em Investimentos Públicos e Privados até 2035

Brasil investirá R$ 144 bi em transformação digital até 2035, com foco em semicondutores, telecomunicações, e inteligência artificial.

A indústria brasileira está prestes a receber um robusto investimento de R$ 144 bilhões em recursos públicos e privados para impulsionar a transformação digital no país. Do montante, R$ 58,7 bilhões serão provenientes de investimentos públicos até 2026, enquanto R$ 85,7 bilhões serão aplicados pelo setor privado até 2035.

Os recursos serão voltados para áreas estratégicas, como fabricação de fibra ótica, instalação de datacenters, computação em nuvem, telecomunicações, eletromobilidade, desenvolvimento de softwares e redes de infraestrutura. Além disso, um total de R$ 42 bilhões já foi alocado pelo governo em 2023, elevando o volume total de investimentos para cerca de R$ 187 bilhões.

Os anúncios foram feitos durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que institui o Programa Brasil Semicondutores (Brasil Semicon). A lei prevê a concessão de incentivos fiscais de R$ 7 bilhões por ano até 2026 para fortalecer a cadeia produtiva de semicondutores e as tecnologias da informação e comunicação (TIC), incluindo painéis solares, smartphones e outros dispositivos associados à indústria 4.0.

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, destacou que a meta é que até 2025, 25% das empresas industriais estejam digitalizadas, um aumento em relação aos 19% atuais, com um objetivo de alcançar 50% até 2033.

Alckmin também sublinhou o impacto positivo dos investimentos na economia, referindo-se ao crescimento do PIB brasileiro no segundo trimestre de 2024, que foi de 1,4%, superando as expectativas do mercado.

Além dos incentivos à indústria de semicondutores, a nova lei estende a vigência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis) até 2073, ampliando a cobertura para novas atividades, como o design de softwares para ambientes virtuais. As empresas também poderão contar com novos mecanismos de financiamento, incluindo a possibilidade de calcular a contrapartida sobre o faturamento total, e não apenas sobre as vendas internas.

Os investimentos privados, por sua vez, focarão na infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento, novas plantas industriais e diversificação tecnológica, conforme anunciado por associações do setor e grandes empresas de tecnologia, como a Amazon Web Services.

Fonte: Adaptado de Agência Brasil.

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