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Cláudio Furtado Participa de Fórum na África e Debate IA e Inclusão Digital na Lusofonia

No 2º Fórum Lusófono na África, Cláudio Furtado discute a importância de ajustar a IA para o português e fortalecer a governança da internet.


O Secretário de Ciência e Tecnologia da Paraíba, professor doutor Cláudio Furtado, retornou ao Brasil após sua participação no 2º Fórum Lusófono de Governança da Internet, realizado em Cabo Verde. O evento reuniu países lusófonos para debater o futuro da internet e a aplicação da inteligência artificial (IA), com ênfase na adequação da tecnologia ao idioma português.

“Estamos em uma nova fase de alinhamento entre os países da lusofonia para avançarmos conjuntamente em questões ligadas à internet e à IA”, declarou Furtado. Ele destacou a necessidade de ajustes linguísticos para que a IA possa melhor representar o português, uma língua multilíngue e diversa, presente em vários continentes.

Carta Di Praia: Compromissos Firmados

O Fórum resultou na “Carta Di Praia”, onde os participantes reafirmaram o reconhecimento da diversidade linguística e cultural dos países lusófonos. A carta também elogiou a CPLP pela recente publicação da Carta de Direitos e Princípios em Ambientes Digitais, que defende uma sociedade da informação inclusiva e segura.

Os debates no Fórum reforçaram a importância de garantir que os modelos de IA considerem as diferentes variantes da língua portuguesa, promovendo a inclusão cultural e linguística nos avanços tecnológicos. A World Summit on the Information Society (WSIS) e a NETmundial+10 também foram mencionadas como parte dos esforços internacionais para fortalecer a governança multissetorial da internet.

Desafios para a Inclusão na Era da IA

O documento destacou a aplicação da IA em diversos setores e o risco de que as variantes da língua portuguesa sejam sub-representadas nos grandes modelos de linguagem (MLLs), resultando em exclusão cultural. Os participantes enfatizaram a necessidade de uma governança colaborativa entre governos, universidades, setor produtivo e sociedade civil para que a diversidade de gênero, raça e cultura seja incluída no desenvolvimento da IA.

Além disso, foi lançada a proposta para a criação da Escola Lusófona de Governação da Internet, uma iniciativa voltada para capacitar e organizar as nações lusófonas em debates internacionais sobre internet e IA.


Fontes: WSCOM, Polêmica Paraíba.

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