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Onde está a carteira? As empresas de Pablo Marçal enfrentam processos judiciais devido à falta de registro trabalhista

Empresas de Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo, são alvo de processos trabalhistas por não registrarem funcionários, apesar de ele usar a carteira de trabalho como símbolo de sua campanha.


Pablo Marçal, candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, tem usado a carteira de trabalho como símbolo em sua campanha, acusando seu oponente, Guilherme Boulos (PSOL), de nunca ter trabalhado. Entretanto, diversas empresas ligadas a Marçal enfrentam processos por falta de registro de funcionários e acumulação de condenações trabalhistas.

Durante sua participação no programa Roda Viva, Marçal foi questionado sobre a ausência de funcionários registrados em suas empresas, ao que ele respondeu que a maioria eram terceirizados devido à natureza tecnológica de suas atividades. No entanto, processos verificados revelam que profissionais como jardineiros, pintores e faxineiras processaram suas empresas por falta de registro em carteira.

Um dos casos que ganhou destaque envolve o Resort Digital, empresa de Marçal em Porto Feliz (SP), onde um trabalhador relatou ter sido expulso com a família da propriedade dias antes do Natal de 2021. A Justiça determinou que a empresa pagasse R$ 80 mil por irregularidades trabalhistas e danos morais.

Outro processo envolve um jardineiro que trabalhou sem carteira assinada por três meses, acumulando funções, incluindo a de tratorista, em condições insalubres. A condenação da empresa foi mantida na segunda instância.

Além disso, um pintor relata ter sofrido um acidente ao pegar carona com Marçal em um carrinho de golfe, resultando em lesões graves. A empresa pagou seu salário e tratamentos médicos por um ano, mas ele ficou desamparado após ser demitido sem justa causa.

Outro caso envolve uma faxineira que trabalhou para a Escola Elementare, outra empresa de Marçal, sem registro em carteira, recebendo cerca de R$ 1.800 por mês.

Marçal ainda não se pronunciou sobre os casos, e suas empresas alegam falta de provas nas acusações dos trabalhadores.


Fonte: Folha de S.Paulo

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