Saúde

Pílulas para Perda de Peso Revolucionam Tratamento da Obesidade, Mas Especialistas Alertam para Riscos

Versões orais de medicamentos como semaglutida e tirzepatida prometem facilitar a perda de peso, mas especialistas alertam sobre riscos de mau uso e efeitos colaterais.


O tratamento da obesidade pode passar por uma grande transformação com o desenvolvimento de pílulas baseadas em medicamentos como semaglutida (Wegovy e Ozempic) e tirzepatida (Zepbound e Mounjaro). Estes medicamentos, atualmente administrados por injeção, estão sendo testados em versões orais que podem oferecer maior conveniência e acessibilidade aos pacientes.

De acordo com a médica endocrinologista Jody Dushay, da Harvard Medical School, as versões em comprimidos poderão aliviar a escassez dos medicamentos injetáveis e reduzir os custos. Entretanto, há preocupações sobre o risco de uso indevido, especialmente devido à facilidade de administração das pílulas em comparação com as injeções semanais.

A semaglutida oral, desenvolvida pela Novo Nordisk, já demonstrou resultados promissores em ensaios clínicos, com uma perda de peso média de 15% em 68 semanas, semelhante às injeções. Contudo, a dose necessária para a forma oral é mais alta, o que pode aumentar os efeitos colaterais gastrointestinais.

Além da semaglutida, empresas como Eli Lilly, Pfizer e Roche também estão desenvolvendo outras opções orais para perda de peso, expandindo as possibilidades de tratamentos. No entanto, a eficácia dessas pílulas para manter a perda de peso a longo prazo ainda está sendo estudada.

Apesar das vantagens das versões orais, especialistas alertam que o uso excessivo ou inadequado desses medicamentos pode trazer novos desafios. A supervisão médica continua sendo crucial para evitar complicações e garantir a segurança dos pacientes.

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