A Polícia Federal prendeu Lauremília Lucena, esposa do prefeito e candidato à reeleição em João Pessoa, Cícero Lucena (PP), na Operação Território Livre. A primeira-dama é suspeita de aliciamento violento de eleitores. A ação também levou à prisão de sua secretária, Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, e é realizada em parceria com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO). A defesa de Lauremília nega as acusações, enquanto adversários políticos pedem reforço de tropas federais na cidade.
A primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, foi presa na manhã deste sábado (28) pela Polícia Federal durante a Operação Território Livre, que investiga crimes de aliciamento violento de eleitores e a atuação de uma organização criminosa ligada ao processo eleitoral. A operação, que contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), também resultou na prisão de Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, secretária de Lauremília. Os mandados foram expedidos pela Justiça Eleitoral.
O caso ocorre em meio à campanha do prefeito e candidato à reeleição Cícero Lucena (PP), esposo de Lauremília, que se pronunciou nas redes sociais defendendo a primeira-dama: “Lauremília tem uma vida limpa, é uma benfeitora na cidade e do Estado. Ela provará sua inocência, sendo mais uma vítima de injustiça, assim como Cícero também foi”.
Contexto Eleitoral e Denúncias
A prisão de Lauremília acontece em um momento de alta tensão na campanha eleitoral de João Pessoa. Em 11 de setembro, três dos principais adversários de Cícero — Ruy Carneiro (Podemos), Luciano Cartaxo (PT) e Marcelo Queiroga (PL) — solicitaram a presença de tropas federais na capital paraibana durante as eleições, alegando que suas campanhas estariam sendo impedidas em áreas dominadas por facções criminosas.
Na última semana, a situação se complicou quando a Polícia Federal revelou mensagens trocadas entre a secretária-executiva de Saúde de João Pessoa, Janine Lucena, e um suposto chefe de facção criminosa. Janine é filha de Cícero Lucena, e a defesa dela afirmou não reconhecer o teor das conversas. Em resposta, o prefeito nega qualquer envolvimento e acusa os adversários de tentarem manchar sua imagem para ganhar vantagem política.
Repercussão
O episódio coloca um novo foco de atenção nas eleições de João Pessoa, trazendo à tona a questão da segurança pública e o controle de áreas dominadas pelo crime organizado. A operação e as prisões também alimentam a disputa política local, com opositores reforçando a necessidade de presença federal para garantir um pleito seguro.
Até o momento, a defesa de Lauremília e de Janine Lucena insiste na inocência das acusadas e promete apresentar as provas necessárias para esclarecer os fatos e reverter as decisões judiciais. A operação segue em andamento, e novos desdobramentos podem ocorrer nas próximas semanas, impactando diretamente o cenário eleitoral da capital paraibana.