Economista Gabriel Galípolo, de 42 anos, indicado por Lula para presidir o Banco Central, já foi braço-direito de Haddad no Ministério da Fazenda.
Gabriel Galípolo, economista de 42 anos, foi anunciado nesta quarta-feira (28) como o novo presidente do Banco Central do Brasil. Atual diretor de Política Monetária do BC, Galípolo ocupa o cargo desde julho de 2023 e agora substituirá Roberto Campos Neto. A escolha foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já vinha contando com o economista como um de seus principais aliados na condução da política econômica.
Formado em Ciências Econômicas pela PUC-SP, Galípolo tem uma extensa carreira no setor público e privado. Ele iniciou sua trajetória em 2007 no governo de São Paulo, passando por diversas funções de destaque. Fundou sua própria consultoria em 2009 e atuou no setor financeiro, sendo CEO do Banco Fator entre 2017 e 2021. Sua relação com o Partido dos Trabalhadores (PT) se fortaleceu durante a campanha de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo em 2010, quando ajudou na elaboração do plano econômico.
Apesar de sua proximidade com o PT, Galípolo não é filiado ao partido. Desde 2022, ele desempenhou um papel-chave no governo de transição de Lula e logo em seguida assumiu o posto de secretário-executivo do Ministério da Fazenda, sendo o braço-direito do ministro Fernando Haddad.
Durante sua atuação no Banco Central, Galípolo participou de decisões importantes, incluindo a polêmica reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) em maio de 2024, onde defendeu um corte mais acentuado na taxa Selic, decisão que gerou preocupações no mercado financeiro sobre a influência política no BC. Entretanto, o economista voltou a demonstrar alinhamento com o mercado nas reuniões seguintes, consolidando sua credibilidade entre analistas e investidores.
Texto adaptado do site Poder 360, revisado pela nossa equipe de redação.