Internacional

Trump Afirma que China o Respeita Porque Xi Sabe que Ele é “Louco”

Donald Trump declarou que, caso retorne à presidência, a China não o provocaria devido ao respeito de Xi Jinping por sua imprevisibilidade. Ele também destacou seu relacionamento com líderes como Xi e Putin, além de reforçar sua postura dura sobre imigração e possíveis distúrbios eleitorais.


Donald Trump afirmou que, se for reeleito presidente, a China não ousaria provocá-lo, pois o presidente Xi Jinping o considera “louco”. Em entrevista ao Wall Street Journal, Trump disse que Xi respeita sua postura firme e acredita que uma nova presidência sua impediria qualquer ação agressiva chinesa, como um bloqueio a Taiwan.

“Eu diria: se você for para Taiwan, sinto muito, mas vou taxá-lo em 150% a 200%”, afirmou o ex-presidente, enfatizando sua estratégia de impor tarifas como forma de retaliação. Trump também destacou que não seria necessário o uso de força militar, pois Xi “me respeita e sabe que sou [expletivo] louco”.

Durante a campanha, o candidato republicano tem repetido que adversários internacionais não agiriam contra os interesses dos EUA sob sua liderança, temendo uma resposta imprevisível e dura. Trump destacou seu relacionamento com Xi, descrevendo-o como “muito forte”, embora tenha evitado chamá-lo de amigo. “Ele é uma pessoa muito feroz”, acrescentou.

Trump também fez questão de mencionar sua relação com o presidente russo Vladimir Putin, destacando que sempre se deu bem com ele. No entanto, garantiu que, antes da invasão da Ucrânia, advertiu Putin para que não tomasse tal atitude. “Eu disse: ‘Vou acertá-lo bem no meio de Moscou.’ E ele respondeu, ‘De jeito nenhum.’ E eu disse, ‘De jeito.’” Trump afirmou que ameaçou atingir Putin “com força” e que ele vive “sob as cúpulas” do Kremlin, em referência ao famoso edifício na capital russa.

O ex-presidente tem promovido uma política externa denominada “America First” (América em Primeiro Lugar), que seus críticos apontam como isolacionista. Seus planos incluem travar guerras comerciais e retirar os Estados Unidos da guerra entre Rússia e Ucrânia. A escolha de JD Vance como seu companheiro de chapa preocupou os aliados da Ucrânia, já que o senador de Ohio se opõe veementemente a enviar mais ajuda dos EUA ao país.

Sobre imigração e deportações

Trump também abordou suas políticas de imigração, que são um dos pilares de sua campanha. Ele reafirmou sua posição de que deseja permitir a entrada de imigrantes, mas apenas de forma legal. Ao ser questionado sobre seus planos de deportações em massa de imigrantes ilegais, Trump evitou detalhar sua proposta, dizendo: “Quanto mais amável eu me tornar, mais pessoas entram ilegalmente.”

O ex-presidente também defendeu a política de “tolerância zero”, que levou à separação de famílias de imigrantes durante seu governo. Ele explicou que a medida, embora dura, foi eficaz em dissuadir famílias de tentarem cruzar a fronteira ilegalmente. “Quando uma família ouve que vai ser separada, você sabe o que fazem? Elas ficam onde estão, porque não podíamos lidar com isso”, disse ele, mencionando, porém, que algumas questões humanitárias também devem ser consideradas.

Sobre possíveis distúrbios eleitorais

Em relação às eleições de 2024, Trump expressou preocupações com a possibilidade de distúrbios internos, alegando que o “inimigo interno” – referindo-se à esquerda radical – representa uma ameaça maior do que qualquer ator estrangeiro. Em uma entrevista à Fox News, ele afirmou que os “lunáticos da esquerda radical” poderiam causar problemas durante o processo eleitoral.

Em conversa com o Wall Street Journal, Trump mencionou que o presidente Joe Biden fez um comentário preocupante, afirmando não ter certeza se as próximas eleições serão pacíficas. Esse comentário foi feito em referência aos apoiadores de Trump que invadiram o Capitólio em 2021. Questionado sobre se usaria as forças armadas para controlar a situação em caso de distúrbios, Trump afirmou que não hesitaria em mobilizar a Guarda Nacional se necessário.

Texto traduzido de BBC com auxílio de inteligência artificial e revisado pela nossa redação.

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