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PF espera concluir investigações sobre atos de 8 de janeiro até novembro, diz diretor-geral


Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, declarou que a conclusão das investigações sobre o 8 de janeiro é esperada para novembro, com foco em autonomia, qualidade das provas e responsabilidade.


O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou nesta sexta-feira (1º) que a corporação planeja concluir até o final de novembro todas as investigações relacionadas aos ataques às sedes dos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro deste ano. Segundo Rodrigues, a equipe de investigação tem trabalhado com foco em três pilares: autonomia, qualidade das provas e responsabilidade na apuração.

“Estamos conduzindo a investigação dentro dos prazos necessários, visando cumprir nosso papel com autonomia, qualidade e responsabilidade”, declarou Rodrigues em uma cerimônia realizada no hangar da PF no aeroporto de Brasília, durante a assinatura de contrato de locação de dois helicópteros para atuação na Amazônia. Ele reforçou a expectativa de que todas as frentes de investigação sejam finalizadas ainda em novembro.

As investigações foram iniciadas após a invasão das sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário em Brasília, e os casos tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está entre os investigados, sob suspeita de incitação aos atos. Além dele, autoridades do Distrito Federal, incluindo o ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres e o governador Ibaneis Rocha (MDB), também são alvos da apuração. Um relatório recente da PF enviado ao STF identificou “falhas evidentes” na segurança pública do Distrito Federal nos eventos de janeiro.

Até o momento, o STF já condenou mais de 230 pessoas envolvidas nos ataques de 8 de janeiro, com penas que chegam a 17 anos de prisão por crimes como tentativa de golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito. Além disso, cerca de 400 réus acusados de crimes de menor gravidade, como associação criminosa e incitação ao crime, admitiram participação nos delitos e firmaram acordos com o Ministério Público, evitando condenações.

Texto adaptado de CNN Brasil e revisado pela nossa redação.

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