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Brasil propõe acordo de cooperação policial com Reino Unido

Proposta foi feita pelo ministro da Justiça, que lidera a 92ª Assembleia Geral da Interpol, na Escócia

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, propôs, nesta segunda-feira (4), um acordo de cooperação policial entre Brasil e Reino Unido para possibilitar operações conjuntas e aumentar o fluxo de informações no combate ao crime organizado.

Lewandowski fez a proposta em reunião com a secretária do Interior do Reino Unido, Yvette Cooper. Ambos concordaram em iniciar o processo de negociação para a formalização do acordo.

O ministro está em Glasgow, na Escócia, liderando a 92ª Assembleia Geral da Interpol, a rede internacional de polícias. O evento começou no sábado (2) e vai até terça-feira (5).

Reunião com Europol

Acompanhado do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, Lewandowski também se reuniu com a diretora-executiva da Europol — que reúne as polícias europeias –, Catherine De Bolle.

O governo federal anunciou em outubro um acordo com a instituição para fortalecer o combate ao crime organizado entre o Brasil e a União Europeia, principalmente nas áreas de tráfico de drogas, tráfico de pessoas, crimes ambientais e lavagem de dinheiro.

Brasileiro na Interpol

Na terça-feira (5), os 196 países integrantes da Interpol vão votar a indicação do delegado da PF Valdecy Urquiza para secretário-geral da organização durante a assembleia. Em junho, Urquiza foi eleito para ocupar o cargo, com mandato de 2024 a 2029.

Caso a indicação do delegado seja aprovada, ele será o primeiro brasileiro a comandar a corporação. Segundo o Ministério da Justiça, o cargo vai simbolizar o “comprometimento” do Brasil e o “reconhecimento global” da competência da PF.

Além de Urquiza, o diretor-executivo da PF, Gustavo Leite de Souza, também assumirá um posto na organização. A partir de 7 de novembro, Souza passará a integrar a Secretaria-Geral da Interpol.

Urquiza escolheu pessoalmente o diretor-executivo para compor sua equipe na Interpol. Souza ocupa o segundo cargo mais alto na PF, respondendo apenas a Rodrigues.

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