Tecnologia

Grupo de Engenharia Britânico perde US$25 milhões após golpe com deepfake

Grupo britânico de engenharia Arup foi vítima de um golpe com deepfakes de IA, resultando em uma transferência indevida de US$25 milhões para contas em Hong Kong.

A engenharia britânica Arup sofreu um prejuízo de aproximadamente US$25 milhões após cibercriminosos utilizarem tecnologias de IA para criar deepfakes, personificando falsamente o CFO e outros funcionários da empresa. Segundo informações do Financial Times, o golpe envolveu uma série de transações financeiras realizadas por um funcionário que acreditava estar atendendo a uma solicitação legítima do CFO para uma “transação confidencial”. O funcionário realizou várias transferências para cinco contas bancárias em Hong Kong antes de descobrir o golpe.

O incidente trouxe à tona a preocupação com o uso de deepfakes — vídeos, imagens ou áudios manipulados por IA para enganar — tanto entre líderes empresariais quanto reguladores. Em janeiro, a Arup notificou a polícia de Hong Kong sobre o caso e confirmou o uso de imagens e vozes falsas, mas não forneceu mais detalhes devido à investigação em andamento. De acordo com a polícia, as transações realizadas pelo funcionário somaram aproximadamente 200 milhões de dólares de Hong Kong, equivalente a US$25 milhões.

Especialistas em segurança, como Matthew Miller, da KPMG, alertam para a crescente ameaça que deepfakes representam para empresas, especialmente na área financeira. Miller recomenda que executivos financeiros revisem seus controles contra fraudes, enfatizando que é essencial ter processos de monitoramento eficazes para mitigar riscos.

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O caso da Arup reflete uma tendência de fraudes alimentadas por IA, facilitadas pelo desenvolvimento de ferramentas que permitem ampliar a escala desses golpes. Recentemente, a Comissão de Valores Mobiliários de Hong Kong (SFC) alertou sobre o uso de deepfakes de Elon Musk para promover um esquema de criptomoedas, e a União Europeia aprovou o “EU AI Act”, legislação que estabelece normas rigorosas para o uso de IA, visando reduzir esses riscos.

Texto adaptado de CFO Dive e revisado pela nossa redação.

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