Donald Trump perdoa Ross Ulbricht, fundador do Silk Road, cumprindo promessa de campanha eleitoral
O presidente americano Donald Trump cumpriu uma promessa de campanha ao conceder perdão a Ross Ulbricht, o criador do site Silk Road, que movimentou cerca de US$ 200 milhões com tráfico de drogas, de acordo com a Reuters. Ulbricht foi preso em 2013 em uma biblioteca de Nova York, onde foi encontrado com um notebook que exibia o painel de administração do Silk Road e registros de conversas sobre a gestão do site.
Na época de sua prisão, os procuradores afirmaram que o Silk Road foi utilizado por mais de 100 mil pessoas, movimentando US$ 214 milhões em vendas de drogas através da criptomoeda bitcoin.
Com essa decisão, Trump atendeu a um pedido que havia feito durante sua campanha eleitoral, revertendo um caso emblemático nos EUA que se destacou pouco tempo após a criação do bitcoin. “A escória que trabalhou para condená-lo eram alguns dos mesmos lunáticos que estavam envolvidos na moderna instrumentalização do governo contra mim”, declarou Trump.
O Silk Road operava na rede Tor, que oferece anonimato aos usuários, e utilizava bitcoin para transações anônimas. Ulbricht confessou a criação do site, mas, através de seu advogado, argumentou que sua intenção era que fosse um “site de livre mercado”. Sua defesa alegou que ele tinha transferido o controle do site para outras pessoas, mas foi trazido de volta como um “bode expiatório” pelos verdadeiros donos.
A procuradoria acusou Ulbricht de medidas extremas para proteger o site, incluindo supostas ordens de assassinato contra ameaças à plataforma. Em uma das conversas encontradas em seu computador, ele tentava contratar assassinos de aluguel sob o pseudônimo de Dread Pirate Roberts, o que ele negou ter criado.
Após ser desmantelado pelo FBI em outubro de 2013, o Silk Road ressurgiu como Silk Road 2.0, administrado por outra equipe. Este novo site foi encerrado em novembro de 2014 com a prisão de Blake Benthall, identificado como seu administrador.
Fonte Original:Texto adaptado de Globo, G1