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Ataques Cibernéticos na Educação Sobem 75%, Diz Check Point

Em 2024, o setor de educação sofreu um aumento de 75% em ataques cibernéticos, com uma média de 3.574 ataques semanais, conforme relatório da Check Point.

A Check Point Research (CPR) revelou que 2024 foi um ano de grande preocupação para a cibersegurança no setor educacional. Com um aumento global de 44% em ataques cibernéticos, atingindo uma média de 1.673 ataques semanais, a educação emergiu como o setor mais vulnerável, com um salto de 75% em ataques, chegando a 3.574 ataques semanais. No Brasil, a média foi de 1.540 ataques semanais, colocando o país entre os mais atingidos.

O aumento dos ataques se deve principalmente à grande quantidade de dados pessoais e financeiros armazenados em instituições educacionais, tornando-as alvos apetecíveis. A maioria desses ataques ocorre através de e-mails (68%) e web (32%), utilizando malwares como o FakeUpdates. No entanto, o custo desses ataques é impressionante, com pagamentos de resgate chegando a US$ 6,6 milhões para escolas de ensino básico e médio e US$ 4,4 milhões para instituições de ensino superior, segundo a Sophos. Mesmo assim, a recuperação é lenta, com apenas 30% das vítimas voltando ao normal em uma semana.

Os dados de estudantes e funcionários, como números de previdência social ou detalhes de auxílio financeiro, são particularmente visados, valendo muito na dark web para fraudes de identidade. Além disso, o crescimento de campanhas de phishing tem sido notável, com um aumento de 9% nos domínios maliciosos relacionados à educação nos EUA.

A pandemia acelerou a transição para o aprendizado remoto, expondo ainda mais vulnerabilidades, com ferramentas de ensino online e redes domésticas muitas vezes desprotegidas. O problema se agrava com orçamentos de cibersegurança insuficientes, onde as escolas investem menos em proteção comparado a outros setores, deixando-as expostas a ataques sofisticados.

O uso crescente de Inteligência Artificial pelos cibercriminosos para criar ataques mais eficientes e difíceis de detectar agrava a situação, tornando os ataques mais rápidos e inteligentes. Fernando de Falchi, da Check Point Brasil, ressalta a necessidade de medidas proativas como autenticação multifatorial e a adoção de soluções de segurança avançadas para proteger o futuro da educação.


Texto adaptado de Info Channel e revisado pela nossa redação.

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