A animação “Divertida Mente 2”, da Disney/Pixar, já é um sucesso de bilheteria em 2024. A história continua a explorar as emoções dentro da cabeça de Riley, que agora está enfrentando a transição para a adolescência. Com novos personagens emocionais, o filme usa conceitos de psicologia para aprofundar a narrativa. Confira sete ensinamentos sobre o cérebro e as emoções que os especialistas destacam:
1. Emoções se Tornam Mais Complexas com o Crescimento
A psiquiatra Gibsi Rocha destaca as pesquisas do psicólogo Paul Ekman, cujos estudos sobre emoções e expressões faciais são a base do filme. Na infância, emoções básicas como alegria, tristeza, medo, nojo e raiva predominam. Com a chegada da adolescência, emoções como ansiedade, inveja, vergonha e tédio tornam-se mais presentes.
2. Emoções Tornam Memórias Inesquecíveis
As emoções vinculadas a eventos tornam essas experiências inesquecíveis. Conforme Riley cresce, suas memórias ganham cores múltiplas, indicando a complexidade emocional associada a elas. Isso explica por que eventos marcantes, sejam positivos ou negativos, permanecem na memória.
3. Não Existe Emoção Boa ou Ruim
Todas as emoções têm um papel importante em nossas vidas. Tristeza, raiva, medo e nojo têm funções específicas, como enfrentar desafios, evitar perigos e impedir o consumo de alimentos estragados. Emoções fora de equilíbrio podem ser prejudiciais, mas, em doses adequadas, são fundamentais para a saúde mental.
4. Esquecer é Algo Positivo
O processo de esquecer memórias antigas para dar espaço a novas é natural e necessário para o aprendizado. O sono desempenha um papel crucial na organização das memórias, como mostrado no filme.
5. As Bases da Personalidade Mudam
Durante a adolescência, as prioridades mudam, e as amizades tornam-se mais importantes do que a família. Esse processo de distanciamento é natural e necessário para que os adolescentes descubram sua própria identidade.
6. Crenças Têm Diferentes Origens Emocionais
No filme, as crenças de Riley sobre si mesma são formadas por suas memórias emocionais. A psicóloga Marjorie Wanderley explica que essas crenças influenciam como nos relacionamos com o mundo e podem ser rígidas ou flexíveis.
7. Crenças Formam o ‘Senso de Ser’ e é Importante Desenvolver Flexibilidade Cognitiva
As crenças e convicções formam nossa identidade. Flexibilidade cognitiva, ou a capacidade de adaptar nossas crenças de acordo com as situações, é essencial para a saúde mental. Isso permite questionar nossas próprias convicções e abrir espaço para outras emoções.
Esses conceitos apresentados em “Divertida Mente 2” mostram como as emoções e memórias moldam nossa personalidade e comportamento, e destacam a importância do equilíbrio emocional para a saúde mental.
Adaptação de BBC Brasil