Valentina Matviyenko, aliada do presidente Vladimir Putin, alertou a Europa sobre a preparação da Rússia para uma legislação de retaliação, caso quase US$ 300 bilhões em ativos russos sejam confiscados pelo Ocidente para ajudar a Ucrânia.
Após a intervenção militar russa na Ucrânia em 2022, os EUA e seus aliados impuseram sanções, bloqueando cerca de US$ 300 bilhões em ativos soberanos russos no Ocidente.
Autoridades americanas consideram o confisco desses ativos para apoiar a Ucrânia, mas há preocupações sobre os precedentes perigosos que isso poderia criar.
A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou legislação que inclui uma disposição para permitir o confisco dos ativos soberanos russos, enquanto a maioria dos ativos está na Europa.
Matviyenko afirmou que a Rússia tem uma resposta pronta e que a Europa perderá mais, sem fornecer detalhes sobre a retaliação planejada.
As opções discutidas incluem o confisco dos rendimentos dos ativos subjacentes, sem tomar os ativos em si.
O Kremlin critica as medidas como uma guerra econômica, mas elogia a resiliência da economia russa e a eficácia limitada das sanções.
Autoridades russas argumentam que o confisco minaria a confiança no dólar e no euro, desencorajaria o investimento global e prejudicaria os bancos centrais ocidentais.
A Rússia afirmou que contestará qualquer confisco nos tribunais e sugeriu que os ativos de investidores estrangeiros na Rússia também poderiam ser alvo de retaliação.
Volodin, presidente da câmara baixa do parlamento russo, indicou que a Rússia teria motivos para confiscar bens russos em resposta à ação dos EUA.
Dos US$ 280 bilhões em ativos russos congelados no exterior, apenas uma pequena parte está nos EUA, enquanto a maior parte está na Europa.
Fonte: Artigo adaptado de CNN