Yakuy Tupinambá, uma ativista indígena e idealizadora do Centro de Pesquisa e Inovação Ancestral na Bahia, expressa preocupação com a falta de ação diante da emergência climática. Ela critica a lentidão dos governos e da ONU em lidar com as mudanças climáticas e destaca a urgência de medidas concretas.
Aos 63 anos, Yakuy é uma voz ativa na defesa dos povos originários e da preservação ambiental. Ela descreve seu projeto, o Centro de Pesquisa e Inovação Ancestral, como uma “escola viva”, baseada na escuta da natureza e nos saberes tradicionais dos povos indígenas.
O centro, localizado no território do povo Tupinambá de Olivença, é concebido como um espaço de troca de conhecimentos e reconexão com a Terra. Yakuy enfatiza a importância da participação feminina nesse projeto, destacando o papel das mulheres na liderança e na defesa dos direitos indígenas.
No entanto, mesmo diante de iniciativas como essa, Yakuy expressa sua frustração com a falta de ação efetiva por parte dos governos e da comunidade internacional. Ela denuncia o que vê como um “teatro” em torno das discussões sobre o clima e critica a inércia dos líderes mundiais diante da gravidade da situação.
Yakuy está especialmente preocupada com os efeitos das mudanças climáticas em seu próprio território, destacando os desafios enfrentados pelas comunidades costeiras da Bahia. Ela descreve o planeta como um “grande cuscuzeiro”, onde todos estão sendo “cozidos a vapor” pela inação diante da crise climática.
Apesar das dificuldades, Yakuy permanece comprometida com sua luta, buscando preservar a cultura e os saberes tradicionais de seu povo. Ela enfatiza a importância de reconhecer e respeitar a interconexão entre todos os biomas, destacando a necessidade de proteger não apenas a Amazônia, mas também outros ecossistemas vitais, como a Mata Atlântica.
Como uma voz de resistência e esperança, Yakuy continua sua batalha pela preservação da vida e da biodiversidade, inspirando outros a se juntarem a ela nessa luta urgente pelo futuro do nosso planeta.