O protocolo prevê que as partes deverão desenvolver, fabricar, lançar e operar conjuntamente o satélite CBERS-6 sendo previsto seu lançamento para 2028, a partir do território chinês
Brasília – A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) aprovou nesta quarta-feira, 9, o texto do Protocolo Complementar sobre o desenvolvimento conjunto do CBERS-6, assinado por Brasil e China. A mensagem recebeu parecer favorável do deputado Márcio Marinho (REPUBLICANOS-BA).
Assinado em abril do ano passado, em Pequim, o protocolo complementa e atualiza o Acordo-Quadro sobre Cooperação em Aplicações Pacíficas de Ciência e Tecnologia do Espaço Exterior, assinado entre os dois países em 1994.
O CBERS-6 fará uso de tecnologia do Radar de Abertura Sintética (SAR), de modo a aperfeiçoar o monitoramento da Amazônia, complementando os dados fornecidos pelos satélites de sensoriamento remoto atualmente em operação: o CBERS-4, o CBERS-4A e o Amazônia1.
De acordo com o deputado, “o principal benefício da tecnologia do Radar de Abertura Sintética (SAR) é a geração de dados sob quaisquer condições climáticas, inclusive através de nuvens e outras condições, aprimorando o monitoramento das queimadas, dos recursos hídricos, das áreas agrícolas, do crescimento urbano, da ocupação do solo e de desastres naturais no Brasil”, explicou.
O custo inicialmente estimado para desenvolvimento, fabricação e lançamento do CBERS-6 é de US$ 51 milhões para cada parte e o Protocolo Complementar entrará em vigor após a troca de instrumentos de ratificação pelos dois países.
Marinho acrescentou que “as imagens geradas pelos satélites CBERS são utilizadas por diversas instituições públicas e privadas como o ministério do Meio Ambiente, Ibama, Incra, Petrobras, Aneel, Embrapa, CONAB, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, universidades, centros de pesquisa, secretarias estaduais e municipais da Fazenda e do Meio Ambiente, dentre outras”.
Assessoria de imprensa – CREDN