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Ataque em Gaza Mata Gêmeos Recém-Nascidos Enquanto Pai Buscava Certidões de Nascimento

Imagem: reprodução

Ataque israelense em Gaza mata gêmeos recém-nascidos e sua mãe, enquanto pai tentava obter certidões de nascimento. ONU estima 17 mil crianças desacompanhadas no enclave.

Em Gaza, um ataque israelense resultou na morte de gêmeos recém-nascidos e de sua mãe, enquanto o pai tentava obter certidões de nascimento para os bebês. Mohammad Abu Al Qumsan, que havia deixado sua residência em Deir al-Balah para registrar seus filhos gêmeos, Aysal e Aser, recebeu a trágica notícia de que sua casa havia sido atingida por um bombardeio, matando os bebês e sua esposa, Jumana, de 28 anos.

Desesperado, Al Qumsan buscou as autoridades de saúde no Hospital dos Mártires de Al Aqsa, implorando para ver seus entes queridos. Imagens de um jornalista freelancer, que colaborava com a CNN, mostram o luto profundo ao redor de Al Qumsan no hospital, onde ele também participou de orações fúnebres islâmicas ao lado dos corpos dos falecidos.

O ataque em Deir al-Balah foi um dos muitos que afetaram a região. Segundo autoridades do hospital, o ataque resultou na morte de pelo menos 23 pessoas, incluindo um bebê de nove meses. O Ministério da Saúde de Gaza confirmou que, durante o atual conflito, pelo menos 115 bebês nasceram e morreram no enclave.

Os gêmeos palestinos, Aysal e Aser, foram mortos por um ataque israelense a leste de Deir al-Balah, centro de Gaza, em 14 de agosto, três dias após seu nascimento. Pelo menos 115 bebês nasceram e morreram no enclave, disse o Ministério da Saúde. / Cortesia de Mohammad Abu Al Qasman

O exército israelense afirmou que não possui informações completas sobre o incidente e que suas operações visam apenas alvos militares, tomando medidas para minimizar danos a civis.

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Al Qumsan havia se mudado para Deir al-Balah na esperança de proteger sua família dos intensos bombardeios israelenses. Jumana, que havia comemorado o nascimento dos gêmeos como um “milagre” em uma postagem no Facebook, e o casal, casado no verão passado, agora são vítimas de uma crise humanitária em expansão.

Desde o início da ofensiva militar israelense em 7 de outubro, após um ataque do Hamas ao sul de Israel, o conflito já causou a morte de quase 40 mil palestinos, incluindo mais de 16.400 crianças, e feriu mais de 92 mil pessoas, conforme informações das autoridades israelenses.

A ONU e a UNICEF alertam sobre a devastação causada pelo conflito, destacando o sofrimento extremo enfrentado por crianças em Gaza. A UNICEF estima que pelo menos 17 mil crianças estejam desacompanhadas ou separadas de suas famílias. O representante de comunicações da UNICEF, Salim Oweis, expressou choque com o sofrimento e destruição generalizados, ressaltando a devastação que vai além das imagens veiculadas na mídia.

A crise em Gaza continua a aprofundar-se, com milhões de deslocados e uma infraestrutura médica severamente comprometida, impedindo a triagem adequada de feridos e limitando a ajuda humanitária disponível.

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