Saúde

Atendimentos por telemedicina crescem 172% em 2023 após lei de regulamentação da saúde digital

A telemedicina surge como um recurso fundamental para enfrentar os desafios do sistema de saúde em um país de dimensões continentais, onde a escassez de recursos e profissionais, além da infraestrutura precária em áreas remotas, são obstáculos frequentes.

A regulamentação da telemedicina no Brasil, sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro no final de 2022, representou um marco significativo. Essa medida impulsionou um avanço considerável na área, equiparando-se a um progresso de duas décadas em apenas dois anos, de acordo com Carlos Pedrotti, gerente médico de telemedicina do Hospital Israelita Albert Einstein.

O número de consultas remotas saltou de 11 milhões, entre 2020 e 2022, para 30 milhões em 2023, um aumento impressionante de 172%, conforme dados da Fenasaúde. O investimento do governo federal, com a alocação de R$ 460 milhões em novos projetos de saúde digital em 2024, reflete o compromisso em expandir essa modalidade de atendimento, com expectativa de 50 milhões de teleatendimentos ainda este ano.

O SUS Digital, lançado recentemente pelo Ministério da Saúde, é uma das iniciativas que visam fortalecer a assistência à população atendida pelo Sistema Único de Saúde. A telemedicina, parte integrante desse programa, não se limita apenas às consultas clínicas, abrangendo também atividades educacionais e administrativas, como destaca a ministra Nísia Trindade.

A infraestrutura e a educação são citadas como os principais desafios para a expansão da telessaúde. No entanto, parcerias com hospitais privados, programas de capacitação e iniciativas como a TeleAMEs e a TeleNordeste têm contribuído para superar essas barreiras, levando atendimento especializado a regiões remotas e ampliando a resolubilidade do sistema de saúde.

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A conectividade das Unidades Básicas de Saúde e a colaboração com os municípios são aspectos cruciais para o sucesso do programa SUS Digital. Enquanto o projeto avança em nível nacional para definir estratégias específicas, programas piloto como os implementados pelo Hospital Einstein e pela Beneficência Portuguesa já demonstram resultados positivos, promovendo acesso à saúde e melhorando a qualidade de vida da população.

Fonte: Adaptado de ANA BOTTALLO, Folha de S.Paulo

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