O Fato
Durante um comício, ontem, 13 de julho, em Butler, Pensilvânia, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi alvo de um atentado. Oito tiros foram disparados, resultando em ferimentos leves para Trump e a morte de um espectador. Dois outros ficaram feridos. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, de Bethel Park, Pensilvânia, foi morto pelo Serviço Secreto.
As Narrativas
Esquerda:
- Imediatamente após o atentado, setores da esquerda classificaram o ataque como “forjado”, utilizando o termo “fakeada”, uma alusão à facada que Jair Bolsonaro sofreu em 2018.
Direita:
- Figuras da direita foram rápidas em interpretar o atentado como uma tentativa de silenciar Trump. O deputado Nikolas Ferreira, por exemplo, declarou que “ser contra o sistema é o ato mais corajoso que existe” e sugeriu que tentativas de cancelamento, prisão e assassinato são métodos usados contra aqueles que inspiram esperança nas multidões.
As Consequências
Atentados políticos têm repercussões significativas. A solidariedade a Trump aumentou imediatamente após o ataque. A situação pode mobilizar eleitores que simpatizam com Trump, mas que estavam desmotivados, além de convencer eleitores indecisos. A campanha democrata, já em dificuldades, pode sofrer mais com a reação ao atentado.
Análise
Ricardo Rangel, comentarista de política na Veja, sugere que as teorias da conspiração de ambos os lados são infundadas. Ele argumenta que:
- A ideia de que o grupo de Biden estaria desesperado o suficiente para tentar matar Trump é improvável, devido ao alto risco de serem pegos.
- A hipótese de que o grupo de Trump forjaria um atentado também é descartada pelo mesmo motivo.
O mais plausível é que Trump tenha sido alvo de um atirador solitário e desequilibrado. Independentemente das teorias, atentados políticos têm impacto, e este evento específico pode consolidar a posição de Trump, assim como a facada em Bolsonaro consolidou sua vitória em 2018.