O Ministério Público da Venezuela anunciou recentemente a prisão do ativista e jornalista Carlos Julio Rojas, por suposto envolvimento em um plano de assassinato contra o presidente Nicolás Maduro. Esta é a terceira vez que Rojas é preso, e as acusações incluem associação ao terrorismo, conspiração e instigação para cometer um crime.
Segundo o procurador-geral do país, Tarek Saab, Rojas é diretamente apontado como instigador e operador logístico na tentativa de magnicídio contra o chefe de Estado venezuelano. A prisão ocorre após uma série de detenções de ativistas e políticos de oposição acusados de conspiração contra o governo.
O episódio em questão remonta ao dia 25 de março, quando duas pessoas foram presas próximo ao local onde Maduro fazia um discurso após se registrar como candidato nas eleições presidenciais. Ambos foram acusados de terrorismo e tentativa de magnicídio. Vale destacar que eles são membros do partido “Vente Venezuela”, fundado pela opositora María Corina Machado, que foi impedida de concorrer nas eleições.
Carlos Julio Rojas é reconhecido por sua atuação na organização de manifestações pacíficas na capital, protestando contra a falta de serviços públicos funcionais e exigindo melhores condições de vida para os cidadãos. Uma de suas últimas atividades públicas foi durante a Semana Santa, quando organizou a “malhação de Judas” com bonecos semelhantes a Maduro.
A detenção de Rojas e outros ativistas destaca a crescente tensão política na Venezuela, onde as autoridades têm reprimido vozes dissidentes e acusado opositores de conspiração contra o governo. A situação política no país continua sendo uma preocupação tanto para os venezuelanos quanto para a comunidade internacional.