Economia

Bitcoin ultrapassa US$ 90 mil com forte alta impulsionada por crescente demanda

Criptomoeda alcança nova máxima histórica de US$ 93.500 em meio ao aumento de interesse de investidores institucionais e varejistas.

Bitcoin subiu para um novo recorde, ultrapassando os US$ 90 mil nesta quarta-feira, 13 de novembro, refletindo um aumento significativo na demanda pela criptomoeda mais popular do mundo. Com uma valorização total de mercado estimada em US$ 1,8 trilhão, o bitcoin chegou a ser negociado por cerca de US$ 93.500, de acordo com dados da Coinbase via TradingView.

Analistas atribuem a recente valorização a uma série de fatores, destacando o interesse crescente de investidores globais. Julio Moreno, chefe de pesquisa da CryptoQuant, observou que o volume de bitcoin detido por “baleias” — investidores que possuem entre 1.000 e 10.000 unidades da criptomoeda — tem aumentado consideravelmente. “O crescimento de 30 dias nas carteiras das baleias (excluindo corretoras e pools de mineração) está acelerando novamente”, afirmou Moreno via Telegram, acrescentando que essa tendência reflete uma demanda crescente de grandes investidores.

Marc P. Bernegger, cofundador do fundo cripto AltAlpha Digital, comentou via e-mail que “os investidores de varejo estão retornando em grande escala, impulsionando essa fase da alta”. Ele citou a popularidade de aplicativos de negociação de criptomoedas como um indicador desse retorno.

Olivier Mammet, chefe de operações de balcão da Gemini nos EUA, também compartilhou sua visão sobre o momento da moeda digital. “Após tentativas fracassadas de superar a marca de US$ 90 mil, o mercado finalmente conseguiu se mover para cima, estabelecendo um novo recorde em torno de US$ 93 mil,” observou ele. Segundo Mammet, o mercado ganhou suporte adicional com um forte fluxo de investimento em ETFs, que registraram entradas de US$ 812 milhões no dia 12 de novembro. Ele ressaltou que o mercado se manteve estável nos últimos dias, com poucas liquidações em massa ou grandes oscilações de volatilidade.

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Mammet ainda destacou que a análise dos níveis de financiamento e da base de futuros mostra que esses indicadores continuam em um patamar saudável, em torno de 12%. “Isso é baixo, considerando a força do mercado de alta que estamos vivenciando”, afirmou. Ele também notou que as posições de compra de opções com preços-alvo elevados (US$ 80 mil, US$ 90 mil, US$ 100 mil e até US$ 150 mil) refletem um otimismo dos investidores, o que pode estar forçando alguns formadores de mercado a ajustar suas posições, contribuindo para a pressão de compra.

George Kailas, CEO da Prospero.ai, enumerou fatores adicionais que impulsionaram a recente alta do bitcoin. Ele destacou “uma expectativa real de aumento na demanda” e mencionou declarações recentes de Donald Trump sobre o bitcoin. Kailas sugeriu que, caso o governo dos EUA adote o bitcoin como moeda de reserva, isso poderia estimular outros países a adotarem políticas semelhantes, gerando um efeito exponencial sobre o valor da criptomoeda.

Kailas acrescentou que o “Trump Coin” teve um crescimento significativo após a eleição de Trump, o que levou investidores a especularem sobre um cenário regulatório mais favorável às criptomoedas. Ele também mencionou que Trump prometeu, em um discurso recente, demitir o chefe da SEC, Gary Gensler, o que foi bem recebido pelo público presente, sinalizando uma possível flexibilização regulatória que atrairia mais investimentos e talentos para o setor.

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Por fim, Kailas observou que o valor das criptomoedas pode subir rapidamente, mesmo sem motivos palpáveis, influenciado pelo sentimento social positivo que impulsiona o preço. Esse efeito de “frenesi” cria um momento difícil de romper, mesmo que o valor do bitcoin ultrapasse o que poderia ser considerado justo.

Texto traduzido e adaptado de Forbes Internacional e revisado pela nossa redação.

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