O Brasil aceitará representar os interesses da Argentina na Venezuela após a expulsão do corpo diplomático argentino pelo governo de Maduro.
A pedido do governo de Javier Milei, o Brasil concordou em representar os interesses da Argentina na Venezuela após o fechamento da embaixada argentina em Caracas. A decisão foi confirmada pela analista política da CNN, Jussara Soares.
A medida segue a expulsão do corpo diplomático argentino pela administração de Nicolás Maduro, que ocorreu após denúncias de fraude eleitoral nas eleições do último domingo (28). O governo venezuelano também anunciou a expulsão de diplomatas de outros países, incluindo Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai, que questionavam os resultados eleitorais.
A expulsão dos diplomatas argentinos tem implicações diretas, afetando seis cidadãos venezuelanos que estavam asilados na embaixada argentina em Caracas. A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, solicitou a intervenção do Brasil para auxiliar esses refugiados, que estão na embaixada desde março.
O assessor internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Celso Amorim, levou o pedido de ajuda ao presidente venezuelano em uma conversa reservada na segunda-feira (29). No mesmo dia, Mondino também fez um apelo ao chanceler brasileiro, Mauro Vieira, para resolver a situação.
Apesar da distância nas relações entre os presidentes Lula e Milei, as diplomacias do Brasil e da Argentina continuam a trabalhar para manter a cooperação estatal. Diplomatas brasileiros avaliam que a pressão internacional pode forçar o governo de Maduro a divulgar as atas de votação. A oposição alega ter acesso a 73% das atas e afirma que o presidente eleito seria Edmundo González.
Fonte Original: Texto adaptado de CNN Brasil