No Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, os representantes do BRICS debateram progressos notáveis na formação de uma moeda comum, visando maior independência financeira do sistema controlado pelo dólar.
Maria Vladimirovna Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, declarou: “Não se trata de uma questão de avaliação, mas sim de trabalho. Por isso, conforme já mencionado repetidas vezes, os especialistas estão empenhados nessa tarefa”.
“Além disso, os países estão progredindo em direção a pagamentos recíprocos, distanciando-se do sistema único que os Estados Unidos promoveram por muito tempo como a única opção, quase humanitária, que acabou por ser mais uma ferramenta em suas guerras híbridas e manobras”, acrescentou.
Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), enfatizou a relevância do novo multilateralismo e de uma ordem internacional que espelhe a realidade multipolar vigente. Rousseff ressaltou a “identidade singular do NDB como um banco estabelecido pelos países do Sul Global para o Sul Global, sem impor condições aos seus integrantes”, e a importância de uma economia multipolar para assegurar a estabilidade econômica mundial.
A dedicação do NDB em prover apoio e recursos aos países membros em suas próprias moedas foi apontada como estratégia para minimizar os riscos ligados à instabilidade cambial.
Este avanço ocorre em um momento decisivo, refletindo a necessidade premente dos membros do BRICS de intensificar sua colaboração financeira e diminuir a dependência de sistemas monetários externos.