A China investigará a PVH Corp, controladora da Calvin Klein e Tommy Hilfiger, por suposta violação de princípios comerciais ao boicotar produtos da região de Xinjiang.
O Ministério do Comércio da China anunciou que iniciará uma investigação contra a PVH Corp, empresa-mãe das marcas Calvin Klein e Tommy Hilfiger, sob o mecanismo da lista de entidades não confiáveis. A decisão foi divulgada em um comunicado oficial online.
De acordo com o documento, agências competentes enviaram recentemente sugestões e relatórios ao governo chinês, alegando que a PVH Corp, sediada em Nova York, estaria infringindo os princípios do comércio de mercado ao boicotar injustamente produtos, como o algodão, oriundos da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, sem base factual. “Essa atitude prejudicou gravemente os direitos e interesses legítimos de empresas chinesas e ameaçou a soberania, segurança e os interesses de desenvolvimento da China”, afirmou o comunicado.
A investigação será conduzida com base nas diretrizes da lista de entidades não confiáveis, e o governo chinês tomará medidas apropriadas com base nos resultados da apuração. O objetivo é garantir um ambiente de mercado confiável para as empresas que operam em conformidade com as regulamentações.
Além disso, o governo reafirma seu compromisso com a abertura econômica em alto nível, apoiando firmemente o sistema multilateral de comércio e protegendo os direitos de todos os participantes do mercado. Segundo o chefe do Bureau de Indústria, Segurança e Controle de Importação e Exportação do ministério, a China lida com questões relacionadas à lista de entidades não confiáveis com cautela, afetando apenas um número restrito de empresas estrangeiras que desrespeitam as regras do mercado e as leis do país.
As empresas que atuam de forma íntegra e de acordo com as normas chinesas não têm motivos para preocupação, concluiu o comunicado oficial.
Texto adaptado de ecsn.cn