Tecnologia

China Aposta em Infraestrutura Massiva de Blockchain para Impulsionar Setores Econômicos e Políticos

Ilustração criada por Dall-E.

A China tem integrado o blockchain em diversas áreas de sua economia, transformando-o em uma estratégia nacional. O governo desenvolve uma infraestrutura robusta, como a Rede de Serviços Baseada em Blockchain (BSN), e aplica a tecnologia em iniciativas como a Rota da Seda Digital, a agricultura e a identificação digital. A abordagem da China visa aumentar seu controle interno e sua influência global.

Desde o discurso do presidente Xi Jinping em 2019, o governo chinês reconheceu o blockchain como uma tecnologia essencial para a inovação e competitividade nacional. Como parte dessa estratégia, a China lançou a Blockchain-Based Service Network (BSN) em 2020, que serve como uma plataforma para desenvolvedores de blockchain, com versões voltadas para o mercado interno e global. A versão doméstica permite ao governo chinês controlar e até eliminar blockchains que considere inadequados.

O desenvolvimento de blockchain foi incorporado formalmente ao plano nacional com o “14º Plano Quinquenal” (2021-2025), que inclui iniciativas para fortalecer a tecnologia em várias províncias. O governo chinês vê o blockchain como uma ferramenta de modernização e competitividade, em oposição à visão ocidental que preza pela descentralização.

Em 2024, a China ampliou o uso da tecnologia blockchain em setores como comércio exterior, agricultura e infraestrutura digital. Um exemplo notável é o projeto GoGoChicken, que usa blockchain para rastrear a produção de alimentos, promovendo a segurança alimentar e o desenvolvimento rural.

Além disso, a China está usando blockchain para modernizar a agricultura e promover sistemas de crédito social nas áreas rurais. A integração dessa tecnologia com a Iniciativa Cinturão e Rota (BRI) demonstra a ambição do país em expandir sua influência global, com o blockchain sendo um pilar da “Rota da Seda Digital”. Isso posiciona a China como uma força motriz na transformação digital global.

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A resposta dos EUA a essa crescente influência é de preocupação. Leis como o CLARITY Act de 2023 visam restringir a cooperação com empresas blockchain chinesas para proteger a segurança nacional dos EUA.

A dualidade estratégica da China, que mantém um controle rigoroso sobre blockchain no território continental enquanto utiliza Hong Kong como uma porta de entrada para os mercados globais, permite que o país explore o potencial dessa tecnologia sem comprometer sua governança centralizada.

Traduzido de Reuters com o auxílio de inteligência artificial e revisado pela nossa redação.

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