Fim dos elétricos? Novo motor movido a amônia, apresentado na China, promete reduzir em até 90% as emissões de carbono, destacando-se como alternativa sustentável aos combustíveis fósseis.
Em uma demonstração significativa de inovação no setor automotivo, a China apresentou um novo motor movido a amônia, com potencial para transformar a indústria. Durante o Tech Day 2024, o Guangzhou Automobile Group Co. (GAC) revelou um motor de 2.0 litros capaz de entregar até 120 kW (161 hp), queimando amônia líquida de forma eficiente e segura. A iniciativa promete uma redução de até 90% nas emissões de carbono em comparação com combustíveis fósseis tradicionais.
A amônia, amplamente utilizada como fertilizante agrícola, agora é explorada como um combustível viável para veículos. O CEO da Toyota, parceira no projeto, declarou que “este novo motor de amônia acabará com toda a indústria de veículos elétricos”, sublinhando o impacto potencial dessa tecnologia.
Enquanto o mercado de hidrogênio continua a crescer, a amônia surge como uma competidora viável, especialmente pelo seu método de produção mais limpo e transporte eficiente. No entanto, o manuseio da amônia requer cautela devido à sua natureza corrosiva e perigosa.
O novo motor movido a amônia da GAC aposta na queima direta de amônia líquida, ao contrário de outras iniciativas que desintegram a amônia em hidrogênio e nitrogênio para gerar energia. Esta abordagem inovadora pode redefinir as normas de emissões e eficiência energética no setor de transportes.
A implementação desta tecnologia exigirá a construção de uma infraestrutura robusta para produção, armazenamento e distribuição de amônia. Este desafio logístico é amplificado pela necessidade de garantir a segurança no transporte e armazenamento deste combustível volátil.
O desenvolvimento de motores movidos a amônia e a construção da infraestrutura necessária podem marcar uma virada significativa na indústria automotiva rumo à sustentabilidade, refletindo um novo paradigma na busca por soluções energéticas mais limpas.
A colaboração entre setores comercial, acadêmico e governamental será essencial para o sucesso desta transição energética, permitindo avanços tecnológicos e reduções significativas nas emissões de carbono.