O Instituto de Geociências da China, em colaboração com a Alibaba Cloud, lançou o primeiro modelo multimodal de linguagem voltado para ciência lunar, integrando capacidades visuais e de processamento de linguagem natural, aumentando a eficiência da pesquisa lunar com base em grandes volumes de dados científicos.
Na última quinta-feira (30 de agosto de 2024), a China deu mais um passo significativo em direção à inovação em pesquisa espacial ao lançar o primeiro “modelo multimodal de linguagem para ciência lunar” do mundo. Desenvolvido pelo Instituto de Geociências da Academia Chinesa de Ciências em colaboração com a Alibaba Cloud, o modelo se destaca por integrar processamento de dados visuais e textuais, tornando-se uma ferramenta poderosa para o estudo da Lua.
Avanço tecnológico e sua aplicação lunar:
O modelo utiliza a tecnologia de “Geração Aumentada por Recuperação” (RAG) e foi treinado com a edição exclusiva BaiLian da Alibaba Cloud, o que lhe permite analisar dados visuais e multimodais de maneira eficaz. Com o crescente volume de dados das missões de exploração espacial, ferramentas como essa são essenciais para impulsionar a pesquisa científica. O primeiro cenário de aplicação é a identificação de crateras lunares, um elemento crucial para o estudo da evolução geológica do satélite.
A precisão de análise de crateras pelo modelo já supera 80%, proporcionando uma revolução na análise de dados remotos da Lua. Com mais de 1 milhão de crateras maiores que um quilômetro de diâmetro, o uso de ferramentas manuais para identificação se torna inviável. A aplicação do novo modelo otimiza a pesquisa ao processar imagens de crateras e responder perguntas relacionadas de forma eficiente.
Plataforma Digital Lunar:
Em um futuro próximo, o modelo será integrado à “Plataforma Digital Lunar”, um sistema de dados de exploração lunar que representa a infraestrutura mais abrangente do gênero. Com o apoio de importantes instalações científicas, como o telescópio FAST, a plataforma acelerará as pesquisas em ciência lunar e planetária, consolidando a China como uma das principais líderes na inovação espacial.
O lançamento desse modelo representa não apenas um avanço na exploração lunar, mas também uma evolução no uso de inteligência artificial e grandes volumes de dados na ciência.
