Um grupo de pesquisa da Universidade Donghua, em Xangai, alcançou um avanço significativo ao desenvolver um novo tipo de fibra inteligente capaz de desempenhar funções de interação humano-máquina, como exibição luminosa e controle por toque, sem a necessidade de chips ou baterias.
O estudo, recentemente publicado na revista Science, representa uma promissora inovação que poderia revolucionar a forma como os seres humanos interagem com o ambiente ao seu redor.
O desafio de incorporar componentes eletrônicos em tecidos é bem conhecido devido à exigência de baterias ou chips rígidos. No entanto, os pesquisadores demonstraram o potencial para interações digitais sem fio por meio de exemplos simples, utilizando o corpo humano como um condutor para a interação de energia, um princípio denominado “acoplamento do corpo humano”.
Ao adicionar materiais funcionais específicos, a fibra pode realizar diversas funções, como controle por toque, exibição luminosa integrada ao tecido e transmissão de comandos sem fio.
O grupo de pesquisa tem se dedicado ao campo de materiais de fibra luminosa há cerca de cinco anos, explorando uma abordagem inovadora que permite a integração de funções de captação de energia, sensoriamento de informações e transmissão em uma única fibra, semelhante à arquitetura não von Neumann.
Além de suas funcionalidades avançadas, a nova fibra também oferece conforto e estabilidade, sendo amigável à pele e demonstrando resultados estáveis em testes de estabilidade e praticidade realizados ao longo de dois anos.
Os pesquisadores almejam o desenvolvimento de roupas equipadas com essa fibra inteligente, que proporcionem tanto conforto quanto inteligência, comparáveis aos smartphones. No entanto, desafios como interferência de sinal e durabilidade ainda precisam ser superados antes que esses produtos inovadores possam ser comercializados.