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Cientistas chineses usam algoritmo de inteligência artificial para melhor prever origens tumorais desconhecidas

Tianjin, 19 abr (Xinhua) — Uma equipe de cientistas chineses projetou uma ferramenta de inteligência artificial (IA) que prevê origens de tumores difíceis de identificar com uma precisão igual ou até melhor do que os patologistas humanos.

O Câncer de Origem Primária Desconhecida (CUP, na sigla em inglês) representa desafios para os clínicos devido à sua natureza elusiva. O CUP, que responde por 3% a 5% de todos os cânceres diagnosticados em humanos, tende a ser maligno, com apenas 20% dos pacientes com CUP alcançando uma sobrevida média de 10 meses.

Os pesquisadores, liderados por aqueles da Universidade Médica de Tianjin e do Primeiro Hospital Afiliado da Universidade de Zhengzhou, desenvolveram um método de aprendizado profundo para diferenciação da origem tumoral, treinado por meio de imagens citológicas de 57.220 casos em quatro hospitais chineses.

A ferramenta chamada TORCH pode identificar tumores malignos em fluidos acumulados no tórax e abdômen e prever suas origens, de acordo com o estudo publicado esta semana na revista Nature Medicine.

O TORCH alcançou uma precisão de previsão de 82,6% para origens primárias de tumores, melhorando significativamente as pontuações de diagnóstico em comparação com quatro patologistas humanos, de acordo com o estudo.

Além disso, o protocolo de tratamento dado em conformidade com as origens previstas pelo TORCH resultou em uma sobrevida global de 27 meses contra 17 meses para aqueles que receberam tratamento discordante.

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O estudo destacou o potencial do sistema de IA como uma ferramenta auxiliar valiosa na prática clínica, embora seja necessária uma validação adicional em ensaios randomizados, disseram os pesquisadores.

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