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CNJ Mantém Afastados Desembargadores Ligados à Lava Jato, mas Anula Afastamento de Gabriela Hardt

O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu manter o afastamento dos desembargadores Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), ambos com ligação com a Operação Lava Jato. No entanto, a decisão que afastava Gabriela Hardt, juíza federal e figura conhecida da mesma operação, foi revogada, contrariando as medidas iniciais propostas pelo corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão. O juiz Danilo Pereira Júnior também foi beneficiado com a anulação de seu afastamento.

A magistrada, atualmente exercendo suas funções na 23ª Vara Federal em Curitiba, havia sido afastada em uma liminar proferida por Salomão na segunda-feira (15), por irregularidades na gestão de recursos desviados da Petrobras. No entanto, após análise pelo colegiado do CNJ, liderado pelo presidente Luís Roberto Barroso, a decisão foi derrubada por maioria de votos.

Durante a sessão, o ministro Barroso votou contra o afastamento, citando a natureza individual da decisão anterior e argumentando que o afastamento de um magistrado requer deliberação colegiada e quórum de maioria absoluta. “Medida ilegítima e arbitrária”, afirmou Barroso.

O corregedor Salomão reafirmou suas preocupações com a atuação de Hardt na autorização do repasse de aproximadamente R$ 2 bilhões oriundos de acordos de delação para um fundo gerido pela força-tarefa da Lava Jato, classificando o processo como ilegal. “Não tenho a menor dúvida de que houve participação dela nessa cooperação para a criação dessa fundação privada, com o desvio do dinheiro público”, expressou o corregedor.

Fonte: Brasil 247, adaptação

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