Em 20 de maio, a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) realizou uma reunião significativa para o setor sucroenergético do estado. Participaram do evento representantes do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool na Paraíba (Sindalcool-PB), bem como funcionários e diretores da Asplan. A reunião assinalou o começo do processo de adição de novas áreas de cultivo de cana-de-açúcar no estado, um avanço crucial após o acordo relativo à partilha de créditos de descarbonização (CBIOs) entre as indústrias de etanol e bioenergia e os produtores de cana-de-açúcar do Brasil.
“Começamos a preparar um protocolo, uma sequência de passos. Tivemos uma primeira reunião interna no Sindalcool-PB e, na próxima, espero ter uma apresentação para mostrar à diretoria da Asplan. Nos anos anteriores, a maior dificuldade foi reunir informações sobre áreas de cana a serem certificadas, que podem estar registradas em diversos CPFs, muitas vezes de membros de uma mesma família. Além disso, identificar a documentação de áreas arrendadas será uma tarefa importante da Asplan“, disse Edmundo Barbosa, presidente-executivo do Sindalcool-PB.
Edmundo Barbosa sugeriu a utilização de ferramentas tecnológicas, como o aplicativo OneSoil, que permite monitorar plantações remotamente. “Essa plataforma já tem todas as áreas de cana da Paraíba delimitadas em talhões, o que pode acelerar o processo“, destacou.
Pedro Neto, presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) e vice-presidente da Asplan, avaliou positivamente o encontro. “Nos reunimos com o intuito de fazer da Paraíba um estado pioneiro no cadastro e recolhimento de informações dos produtores de cana-de-açúcar. Começamos a definir os passos para a rápida inclusão do fornecedor paraibano no Renovabio“, afirmou Pedro Neto.
Ele também destacou a boa receptividade do setor industrial paraibano. “Ficamos felizes com a presença do presidente do Sindalcool-PB, Edmundo Coelho Barbosa, em nossa reunião. Isso demonstra o interesse mútuo do setor industrial em colocar em prática o acordo firmado na última semana“, reiterou Pedro Neto, lembrando que os cálculos dos CBIOs seguem uma fórmula complexa, que será explicada em breve a todos os interessados.
José Inácio, presidente da Asplan, anunciou que a associação realizará uma reunião para apresentar dados e projeções sobre os cálculos dos CBIOs. “Vamos realizar uma palestra para esclarecer como se dará todo esse processo de inclusão dos fornecedores e orientar melhor nossos associados. O mais importante agora é celebrar a celebração deste acordo, que nos coloca no lugar onde sempre deveríamos estar, recebendo os créditos de carbono“, afirmou José Inácio.
*Com informações da Assessoria Asplan
