Comercial da Toys “R” Us, criado com a IA Sora da OpenAI, enfrenta críticas por substituição de artistas humanos e uso intensivo de tecnologia.
A famosa loja de brinquedos norte-americana Toys “R” Us lançou seu primeiro comercial criado por inteligência artificial, utilizando a tecnologia Sora da OpenAI, em colaboração com a agência de publicidade Native Foreign. A novidade, contudo, gerou descontentamento entre muitos espectadores.
Segundo a empresa, a iniciativa faz parte de um esforço para “ampliar os limites do Sora”, uma IA capaz de gerar vídeos de até um minuto com diferentes personagens e cenas baseadas em instruções textuais.
O comercial, de um minuto de duração, foi gerado quase inteiramente pela ferramenta Sora, conforme informado pela Toys “R” Us em seu site oficial. “Imagine a emoção de criar um jovem Charles Lazarus, o fundador da Toys ‘R’ Us, e imaginar seus sonhos para nossa marca icônica e querido mascote Geoffrey, a Girafa, no início dos anos 1930”, diz o comunicado da rede.
No entanto, o diretor Joe Russo, conhecido por “Cine Pesadelo”, criticou duramente a produção, chamando-a de “uma m*” em sua conta no X, antigo Twitter. Mike Drucker, redator e comediante de “Saturday Night Live”, também expressou sua desaprovação na mesma rede social. Ele ironizou o comercial, dizendo: “Amo como esse comercial é como ‘Toys ‘R’ Us começou com o sonho de um garotinho que queria compartilhar sua imaginação com o mundo. E para mostrar como, demitimos nossos artistas e secamos o Lago Superior usando uma fazenda de servidores para gerar como seria nos pesadelos de Stephen King'”.
A Toys “R” Us afirmou que, embora tenham usado elementos visuais gerados pela Sora, o trabalho humano esteve presente na produção. “O filme da marca foi quase inteiramente criado com Sora, com alguns efeitos visuais corretivos e uma trilha sonora original composta por Aaron Marsh da famosa banda de rock indie Copeland”, disse a empresa em comunicado.
O vídeo foi coproduzido por Kim Miller Olko, presidente dos estúdios da empresa, que atuou como produtor executivo, e o diretor Nik Kleverov, da Native Foreign. “Charles Lazarus foi um visionário à frente de seu tempo e queríamos honrar seu legado com um local usando a tecnologia mais avançada disponível”, concluiu Olko.
A decisão de usar inteligência artificial no comercial gerou um debate sobre o impacto da tecnologia na indústria criativa, evidenciando preocupações sobre a substituição de artistas humanos por máquinas.
Confira o vídeo:
Texto adaptado de Tecmundo