Dalton Trevisan, um dos mais importantes escritores brasileiros, faleceu nesta segunda-feira, 9 de dezembro de 2024, em Curitiba. Aos 99 anos, o autor de O Vampiro de Curitiba deixa um legado inestimável para a literatura nacional, consolidando-se como um dos maiores contistas do Brasil.
A importância de O Vampiro de Curitiba
Conhecido como “O Vampiro de Curitiba”, título de sua obra-prima publicada em 1965, Dalton Trevisan eternizou histórias que retratam personagens locais e populares com uma escrita concisa e universal. O Vampiro de Curitiba tornou-se um marco na literatura brasileira e é uma leitura indispensável para quem deseja explorar a riqueza dos contos nacionais.
Outros títulos célebres de Trevisan incluem A Guerra Conjugal (1969) e Novelas Nada Exemplares (1959). Sua obra é frequentemente comparada à de Rubem Fonseca, com quem compartilhou o título de mestre do conto.
Adaptações e legado de Dalton Trevisan
A contribuição de Dalton Trevisan ultrapassou as páginas dos livros. Em 1975, o cineasta Joaquim Pedro de Andrade adaptou A Guerra Conjugal para o cinema, encantando o escritor com sua abordagem fiel e sensível. O filme é considerado um clássico do cinema brasileiro, ajudando a popularizar a obra de Trevisan.
Para novos leitores, a Antologia Pessoal, lançada em 2023, é uma excelente introdução à sua obra, reunindo quase 100 contos que destacam o talento único do autor.
O eterno Vampiro de Curitiba
Sua reclusão e a recusa de entrevistas contribuíram para a construção de um mistério em torno de sua figura, reforçando a força de sua obra como o principal meio de contato com sua genialidade.
Dalton Trevisan vivia recluso, mas sua literatura continua viva. O Vampiro de Curitiba não é apenas um livro, mas um símbolo de sua genialidade. Como ele mesmo dizia, “Vampiros não morrem”. Sua obra seguirá inspirando gerações enquanto existirem livros e leitores no Brasil.