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Denis Villeneuve explica por que telefones são proibidos nos sets de seus filmes

Em entrevista ao Los Angeles Times, Denis Villeneuve, diretor de sucessos como Duna e Blade Runner 2049, revelou os motivos pelos quais proíbe o uso de celulares nos sets de filmagem. Para o cineasta, a presença total e a conexão entre a equipe são essenciais para a criação de uma obra cinematográfica autêntica.

O Cinema como um Ato de Presença

Villeneuve comparou o cinema a outras formas de arte, destacando que a concentração absoluta é indispensável:

“Cinema é um ato de presença. Quando um pintor pinta, ele precisa estar absolutamente focado na cor que está aplicando na tela. É o mesmo quando um dançarino faz um movimento. Sendo diretor, você precisa fazer isso com a equipe e todos que precisam estar focados e completamente presentes, ouvindo uns aos outros.”

O diretor afirmou que os celulares representam uma distração que compromete essa conexão:

“Telefones são banidos nos meus sets desde o primeiro dia. É proibido. Quando você diz ‘corta’, você não quer ver alguém em seu telefone, olhando para sua conta no Facebook.”

Uma Relação Pessoal com a Tecnologia

Villeneuve também falou sobre sua própria relação com a tecnologia, admitindo que, como todos, sente o apelo viciante dos dispositivos:

“Há algo muito viciante sobre poder acessar qualquer informação, qualquer música, qualquer livro. É compulsivo. É como uma droga. Sou muito tentado a me desconectar. Seria libertador.”

Possível Continuação de Duna

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Além de abordar sua política no set, Villeneuve comentou sobre a possibilidade de um terceiro filme da franquia Duna:

“‘Messias’ está em andamento. Se fizermos um novo filme, ele precisa ser autêntico e relevante. Se eu fizer Duna: Messias, será porque o filme será melhor do que a Parte Dois. Caso contrário, não farei.”

O segundo livro da saga, O Messias de Duna, aprofunda ainda mais os personagens e traz reflexões filosóficas, políticas e religiosas, consolidando o universo criado por Frank Herbert como uma das maiores obras de ficção científica de todos os tempos.

Villeneuve reforça, assim, sua visão sobre cinema: um espaço onde a presença física e emocional de todos os envolvidos é fundamental para que a magia do filme aconteça.

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