A Guiana, com 11 bilhões de barris de petróleo descobertos em uma jazida, pode superar o Brasil como a principal potência petrolífera da América do Sul.
A Guiana, um pequeno país sul-americano com cerca de 800 mil habitantes, está no centro de uma transformação global no mercado de petróleo. Desde a descoberta de mais de 11 bilhões de barris de petróleo em 2015, sua economia mudou drasticamente, com potencial para desbancar o Brasil como a principal potência petrolífera da América do Sul.
A gigante brasileira Petrobras, líder consolidada na região, pode enfrentar uma concorrência inesperada, com a Guiana caminhando para se tornar uma superpotência no setor. O desenvolvimento acelerado das reservas guianenses coloca o país entre os maiores produtores mundiais de petróleo.
Crescimento Explosivo na Economia da Guiana
Desde que a ExxonMobil revelou as reservas de petróleo, a Guiana experimenta um crescimento econômico sem precedentes. A renda nacional bruta da Guiana, que era de 4,62 bilhões de euros em 2019, está projetada para atingir 29,3 bilhões de euros até 2029, segundo dados do FMI e do Banco Mundial, destacando o impacto significativo do petróleo na economia local.
Com esse crescimento, o país se tornou um dos mais dinâmicos do mundo, atraindo investidores e colocando-se em posição de disputar com gigantes do setor, como o Brasil.
Desafios e Oportunidades
O rápido desenvolvimento da indústria petrolífera na Guiana trouxe desafios, principalmente em relação à falta de mão de obra qualificada. Diante dessa escassez, muitos guianenses que haviam emigrado retornaram ao país. O governo implementou um programa de remigração, que oferece suporte financeiro e logístico para facilitar a reintegração desses migrantes, aproveitando suas habilidades no mercado de trabalho em expansão.
Em 2016, pela primeira vez em décadas, o número de guianenses retornando ao país superou o número de emigrantes, uma mudança significativa na dinâmica migratória. De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 30 mil guianenses voltaram ao país desde então, um número expressivo para uma população tão pequena.
A Competição com o Brasil
Enquanto a Guiana continua a crescer no mercado global de petróleo, o Brasil, através da Petrobras, ainda mantém uma posição dominante na América do Sul. A produção brasileira, centrada no pré-sal, é robusta e consolidada, com uma capacidade de aproximadamente 3 milhões de barris por dia.
No entanto, a ascensão da Guiana como novo competidor pode alterar esse cenário. A pequena nação, com o apoio de empresas como a ExxonMobil, está rapidamente desenvolvendo sua infraestrutura, e sua produção de petróleo pode superar 1 milhão de barris por dia até 2030. Essa ascensão pode fazer com que a Guiana desafie a liderança brasileira no setor de exportação de petróleo.
O Futuro do Petróleo na América do Sul
Se a Guiana continuar a desenvolver suas reservas petrolíferas no ritmo atual, poderá se consolidar como uma das principais potências globais no setor nas próximas décadas. O impacto dessa transformação vai além das fronteiras do país, influenciando as dinâmicas de poder na América do Sul, onde o Brasil sempre desempenhou um papel de liderança.
A questão que surge é: o Brasil estará preparado para enfrentar essa nova concorrência? À medida que a Guiana consolida sua posição no mercado global de petróleo, os desafios para a Petrobras e outros grandes produtores só aumentam.
A Guiana tem o potencial de mudar o equilíbrio de forças no setor energético sul-americano, e resta saber se essa pequena nação conseguirá realmente desbancar gigantes como o Brasil.
Texto adaptado do Portal GPG