Quando o mercado despencou, parecia o fim do mundo. Mas, de repente, um anúncio do governo fez as bolsas dispararem, e os 10 maiores bilionários dos EUA recuperaram US$ 107 bilhões em poucas horas. Para quem vive contando moedas, fica a dúvida: por que a grama do vizinho rico sempre recebe mais chuva?
Na última semana, as bolsas de valores dos Estados Unidos viveram uma montanha-russa. Primeiro, uma queda livre, puxada por incertezas sobre novas tarifas comerciais. Depois, um salto impressionante, quando o presidente Donald Trump anunciou, em sua rede social, que essas tarifas seriam adiadas por 90 dias. Para os trabalhadores comuns, que lutam para pagar as contas, o resultado soa quase como mágica: em poucas horas, os mais ricos do país engordaram suas fortunas, enquanto a vida de quem não tem sobra para investir segue na mesma.
Um dia de lucros astronômicos
O índice S&P 500, que representa grandes empresas americanas, subiu 9,5% num só dia — algo raro, como ganhar na loteria sem jogar. O Nasdaq, cheio de empresas de tecnologia, disparou 12%. Isso trouxe de volta US$ 4,3 trilhões ao valor das empresas listadas, segundo analistas. Para os 10 bilionários mais ricos, como os donos de Amazon, Tesla e Meta, o dia rendeu US$ 107 bilhões a mais nas contas, como se o mercado tivesse dado um presente embrulhado em ouro.
Tecnologia no centro da festa
Quem mais brilhou foram as gigantes da tecnologia. Apple, Microsoft, Amazon, Tesla e Meta recuperaram juntas mais de US$ 1,5 trilhão em valor. Para pessoas comuns, é difícil imaginar tanto dinheiro — enquanto muitos economizam para o aluguel, essas empresas voltaram ao topo como se nada tivesse acontecido. Elon Musk, por exemplo, viu suas ações da Tesla subirem, engordando ainda mais seu patrimônio.
Por que isso parece combinado?
Para quem não tem dinheiro sobrando, a rapidez dessa recuperação levanta sobrancelhas. As tarifas, que assustavam o mercado, seriam taxações sobre produtos de países como China e Vietnã, aumentando preços de tudo, de celulares a roupas. Quando Trump adiou a medida, as bolsas reagiram como se alguém tivesse apertado um botão de “tudo certo”. A desconfiança vem fácil: será que o jogo é feito para os ricos sempre saírem ganhando? Afinal, quem não tem capital para investir só observa, sem ver um centavo a mais no bolso.
E o trabalhador comum?
Enquanto bilionários celebram, a realidade de quem vive de salário não muda. A alta na bolsa não reduz o preço do supermercado nem paga a conta de luz. O adiamento das tarifas pode evitar aumentos por enquanto, mas nada garante que o alívio chegue ao dia a dia. Para muitos, é como ver o vizinho rico receber chuva na grama seca, enquanto o próprio quintal continua árido.
O que vem pela frente?
O mercado está mais calmo, mas ninguém sabe por quanto tempo. Analistas dizem que novas incertezas podem surgir, e o sobe-e-desce das bolsas não ajuda quem já vive apertado. Por ora, os bilionários brindam, mas a pergunta fica no ar: quando a sorte vai sorrir para quem não tem milhões na conta?
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Por redação do Movimento PB com informações de fontes públicas.