Trump anunciou tarifas de 25% sobre aço e alumínio importados, visando proteger a indústria americana, com impacto significativo em países como Brasil, México e Canadá.
No último domingo (9 de fevereiro de 2025), o presidente Donald Trump anunciou tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, reiterando sua promessa de campanha para proteger a indústria americana. Ele afirmou que essa medida é essencial para o renascimento da manufatura nos EUA, incentivando a produção local com tarifa zero. Trump planeja expandir essas tarifas para outros produtos, como carros e semicondutores, nos próximos dias.
Essas tarifas afetam diretamente países como México, Canadá e Brasil, sendo este último o segundo maior fornecedor de aço para os EUA em 2024. Durante seu primeiro mandato, Trump já havia implementado tarifas similares, que foram ajustadas ou revogadas. Por exemplo, em 2018, após inicialmente excluir Canadá e México, o Brasil conseguiu um esquema de cotas, mas em 2020, as tarifas sobre alumínio brasileiro foram dramaticamente elevadas.
O governo brasileiro, liderado pelo Ministro da Fazenda Fernando Haddad, optou por esperar decisões concretas antes de responder, enquanto o presidente Lula mencionou a possibilidade de retaliação recíproca. Economistas como Bernardo Guimarães da FGV EESP sugerem que o impacto real pode ser atenuado pela reorganização das cadeias globais de suprimento.
Historicamente, tarifas semelhantes, como as impostas por George W. Bush em 2002, resultaram em mais desemprego em setores dependentes de importações do que na criação de empregos na indústria siderúrgica americana. Para o Brasil, a estratégia inclui diversificar mercados, negociar exceções com os EUA, investir em inovação e fortalecer o mercado interno.
Globalmente, essa decisão pode levar a retaliações comerciais, aumento de preços e reconfiguração das cadeias de suprimento, afetando a economia mundial.
Artigo adaptado de G1 e revisado pela nossa equipe de redação.