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Eduardo Leite reclama que doações ao RS estão atrapalhando o comércio local

“O reerguimento do comércio é dificultado à medida que itens de outras partes do país chegam”, disse o governador em entrevista à BandNews.

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, gerou controvérsia ao expressar preocupações sobre o impacto das doações de outras regiões no comércio estadual, em entrevista à BandNews na terça-feira (14).

Leite declarou que, apesar de as doações serem bem-vindas e positivas, existe uma preocupação legítima quanto aos seus efeitos no comércio local. Ele explicou que um grande volume de doações físicas pode atrapalhar a recuperação do comércio local, já afetado por enchentes e desastres naturais recentes.

“Um dos pedidos que fiz à nossa equipe é para estruturar ferramentas e canais que permitam às pessoas de fora fazer doações de modo a beneficiar o comércio local afetado”, afirmou o governador. “Com um grande volume de doações físicas chegando ao estado, há preocupação com o impacto no comércio local. Temos cidades e comércios impactados, e o reerguimento é dificultado quando muitos itens vêm de outras partes do país”, adicionou.

No entanto, Leite frisou que não quer ser mal interpretado como alguém que rejeita as doações, mas como alguém que procura soluções para minimizar os impactos negativos no comércio local.

Segue a declaração completa do governador Eduardo Leite (PSDB-RS) sobre as doações. Em entrevista à BandNews, Leite mencionou que o volume de doações pode afetar o comércio local e que é necessário “estudar” formas de envolver os empresários locais no processo. Surpreendente.


As declarações de Leite surgem em meio a uma crise sem precedentes no Rio Grande do Sul, causada pelas intensas chuvas que têm assolado o estado nas últimas semanas. Até o momento, o número de mortes confirmadas em decorrência das enchentes subiu para 149, com 112 pessoas ainda desaparecidas e mais de 538 mil desalojados, segundo informações da Defesa Civil do Estado.

A situação é agravada pela escassez de alimentos e outros suprimentos básicos, devido à dificuldade de acesso às áreas afetadas pelas enchentes. Neste contexto, entidades e instituições de todo o país promovem doações para a região.

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