Elias Jabbour, ex-auxiliar de Dilma Rousseff no “banco dos Brics”, assume a presidência do Instituto Pereira Passos.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), anunciou nesta sexta-feira, 20, a nomeação do professor Elias Jabbour para liderar o Instituto Pereira Passos (IPP), órgão municipal responsável pelo planejamento urbano. Jabbour, que até então atuava na Diretoria de Pesquisas do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) em Xangai, China, sob a presidência de Dilma Rousseff (PT), é conhecido por sua expertise em economia política e seu alinhamento com o socialismo.
O NBD, frequentemente referido como “banco dos Brics”, é uma instituição financeira internacional cujos membros são Brasil, Rússia, Índia, China, e África do Sul.
Elias Jabbour, além de sua atuação no NBD, é um destacado membro do comitê central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). O prefeito Eduardo Paes elogiou as credenciais de Jabbour ao anunciar a nomeação nas redes sociais: “Geógrafo, economista, professor, autor de livros em economia política, mestre e doutor pela USP… Ufa! Mais uma fera que se junta ao time. Seja bem-vindo, Elias Jabbour.”
Jabbour também é professor na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e é reconhecido internacionalmente por seu trabalho sobre o socialismo, tendo recebido o Special Book Award of China pelo livro “China: o Socialismo do Século XXI”, co-escrito com Alberto Gabriele.
No entanto, a nomeação não foi isenta de controvérsias. Críticos levantaram declarações polêmicas de Jabbour, especialmente de uma participação em um podcast em 2022, onde ele defendeu a pena de morte em regimes socialistas para aqueles que trabalham “a serviço de potências estrangeiras”. Jabbour argumentou que esse tipo de medida é necessária para evitar a “subversão ao sistema” e proteger a experiência socialista, contrastando com o capitalismo onde, segundo ele, “apenas os pobres morrem”.
A nomeação de Elias Jabbour para comandar o Instituto Pereira Passos marca uma nova fase no planejamento urbano do Rio de Janeiro, trazendo uma perspectiva acadêmica e ideológica distinta. A recepção desta decisão é mista, com apoio de quem vê valor na experiência internacional e acadêmica de Jabbour, e críticas baseadas em suas posições políticas controversas.
Fonte: com informações de o Estadão.
