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Eleições 2024: Número de Candidaturas Cai 19% em Comparação com 2020

Brasil registra 453 mil candidatos para as eleições municipais de 2024, uma queda de 19% em relação ao recorde de 2020, segundo dados do TSE.

O número de candidatos registrados para concorrer nas eleições municipais de 2024 no Brasil apresentou uma queda de 19% em comparação com a última eleição municipal em 2020, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até as 19h30 desta quinta-feira (15), o país contabilizou 453.302 candidaturas para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Esse número é significativamente menor que o recorde de 557.678 candidatos registrados em 2020, ano em que a pandemia de Covid-19 atingiu seu auge.

O prazo para o registro das candidaturas se encerrou às 8h para os registros online e às 19h para as entregas presenciais nos juízos eleitorais. Apesar de ainda haver possibilidade de variação no número final, a tendência de queda já está estabelecida, sendo a primeira desde as eleições municipais de 2008.

A queda foi observada em todas as categorias de cargos. Para o cargo de prefeito, foram registrados 15.366 candidatos, uma redução de 21% em relação a 2020. Já para vice-prefeito, a queda foi de 22%, com 15.446 registros em 2024. No caso dos vereadores, houve uma diminuição de 19%, com 422.490 registros aprovados para 2024, comparados aos 518.485 de 2020.

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Apesar da queda, o país ainda tem uma média de quase três candidatos para cada cargo de prefeito e vice-prefeito, e cerca de sete candidatos para cada vaga de vereador, disputando as 58.464 cadeiras nas Câmaras Municipais em todo o Brasil.

Alguns partidos políticos se destacaram pelo crescimento ou queda no número de candidaturas. O partido Novo teve um aumento significativo de 1.108% nas candidaturas, enquanto DC e PMB cresceram 41% e 40%, respectivamente. Por outro lado, Cidadania (-72%), PCdoB (-71%) e PV (-62%) foram os que mais perderam candidatos.

Especialistas em ciência política sugerem várias razões para essa diminuição nas candidaturas, incluindo a descrença na política, os custos elevados das campanhas eleitorais, e a estratégia partidária de limitar o número de candidatos em função do cenário eleitoral mais restritivo.

A doutora em ciência política Vera Chaia, da PUC-SP, destaca que os partidos estão priorizando candidatos com maior capital político, enquanto o cientista político Jairo Nicolau, da FGV, vê a redução como parte de um processo de compactação partidária, refletindo a atual concentração do quadro político.

Texto adaptado de informações do g1.

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