Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Pernambuco e Fiocruz revelou que comunidades próximas a usinas eólicas em Pernambuco enfrentam sérios problemas de saúde. Os dados indicam que 54% dos moradores têm perda auditiva, 49% sofrem de alergias e 70% fazem uso contínuo de medicamentos. Essas condições são atribuídas a fatores como ruído, vibrações e mudanças ambientais geradas pelas turbinas.
Principais Problemas de Saúde
Além de questões auditivas, os moradores desenvolvem a Síndrome da Turbina Eólica (STE) e a Doença Vibroacústica (DVA), relacionadas ao impacto dos sons audíveis e infrassons. O estresse, a insônia e o bruxismo também são comuns, resultando em ansiedade, depressão e problemas físicos como hipertensão.
Falhas na Assistência do SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) não tem recursos suficientes para atender as demandas específicas dessas comunidades. Apesar de mutirões de saúde organizados por universidades e ONGs, a assistência regular é insuficiente, forçando os moradores a arcar com custos médicos.
Responsabilidade das Empresas
As empresas que operam os parques eólicos realizam pesquisas e reuniões, mas não oferecem medidas eficazes para mitigar os impactos. As promessas de benefícios econômicos e sociais não se concretizaram, gerando frustração e insatisfação nas comunidades.
Soluções Propostas
Os pesquisadores enfatizam a necessidade de regulamentações mais rigorosas e estudos de impacto ambiental detalhados antes da instalação de usinas. Além disso, recomendam o reassentamento das comunidades para áreas a pelo menos 2 km das turbinas e um maior compartilhamento dos benefícios econômicos gerados pelos parques.
A pesquisa destaca que, embora as fontes de energia renovável sejam essenciais, é fundamental equilibrar a sustentabilidade ambiental com a saúde e o bem-estar das comunidades afetadas.
Fonte: resumo adaptado do artigo original publicado em Outra Saúde.