Os EUA avisaram que o Irã enfrentará consequências “catastróficas” se lançar um ataque retaliatório contra Israel, após as mortes dos líderes do Hezbollah e Hamas. A tensão entre os dois países se intensifica, com os EUA enviando reforços militares à região e mediando negociações de cessar-fogo em Gaza. O Irã e seus aliados, como Hezbollah, prometem uma resposta pesada, enquanto Israel se prepara para se defender de uma possível escalada militar que poderia envolver potências globais.
A relação já conturbada entre o Irã e Israel deu mais um passo em direção a um possível confronto aberto, após os Estados Unidos alertarem sobre as “consequências catastróficas” que o Irã enfrentaria se lançasse um ataque contra Israel. O alerta foi dado nesta sexta-feira (16) por um alto funcionário dos EUA, que preferiu permanecer anônimo. A declaração ocorre em meio a um cenário de tensões crescentes no Oriente Médio, exacerbadas pela morte de líderes dos grupos terroristas Hezbollah e Hamas, considerados aliados do Irã.
O governo dos Estados Unidos tem adotado uma postura de dissuasão, buscando impedir que o Irã realize qualquer tipo de ataque retaliatório que possa desestabilizar ainda mais a região. Para reforçar essa posição, os EUA enviaram o porta-aviões USS Abraham Lincoln e o submarino nuclear USS Georgia para o Oriente Médio, como uma demonstração de força e apoio a Israel.
As mortes dos líderes do Hezbollah e do Hamas, ocorridas no final de julho, foram atribuídas a Israel, que, embora não tenha assumido publicamente a autoria, deixou claro através de declarações do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que seu país tem agido de forma contundente contra aliados do Irã. Esse contexto fez com que o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo iraniano, ordenasse uma retaliação direta, de acordo com o jornal “The New York Times”.
O cenário é agravado pela expectativa de que um ataque do Irã possa ser mais prolongado e de maior escala do que as ações anteriores, conforme alertaram autoridades americanas. A possibilidade de um confronto militar prolongado entre Israel e Irã traz preocupações não apenas para a região, mas também para a comunidade internacional, devido ao risco de envolvimento de outras potências militares como a Rússia, que apoia o Irã, e os Estados Unidos, aliados de Israel.
O grupo terrorista libanês Hezbollah, que já prometeu uma resposta ao assassinato de seu líder, divulgou um vídeo nesta sexta-feira (16) mostrando a preparação de mísseis, sinalizando um possível ataque iminente contra Israel. Ainda há incerteza se o ataque será coordenado entre o Irã e seus aliados, ou se ocorrerá de forma independente.
Especialistas alertam que um conflito aberto entre Israel e Irã poderia resultar na maior guerra no Oriente Médio desde a Segunda Guerra Mundial, arrastando potências globais para um cenário de instabilidade e violência. A situação continua tensa, com os EUA e outros países envolvidos buscando uma solução diplomática para evitar o pior.