Washington (Reuters) – Os Estados Unidos expressaram nesta quinta-feira sua preocupação com Israel e o Hamas, pedindo que ambos garantam a integridade do auxílio humanitário destinado aos civis em Gaza, após um carregamento vindo da Jordânia ter sido atacado por colonos israelenses e, posteriormente, desviado por militantes palestinos.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, testemunhou o carregamento de ajuda na terça-feira, momentos antes de deixar a sede da Organização de Caridade Hachemita da Jordânia, que estava destinado a cruzar a fronteira recentemente aberta de Erez em direção a Gaza.
A visita faz parte dos esforços dos Estados Unidos para aumentar a quantidade de assistência humanitária destinada aos civis em Gaza, especialmente diante dos alertas de uma possível crise de fome após quase sete meses de conflito desde os ataques do Hamas em 7 de outubro contra o sul de Israel.
No entanto, antes que o carregamento pudesse chegar ao cruzamento, a Jordânia relatou que ele foi alvo de um ataque por colonos israelenses.
O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, informou a jornalistas que Blinken abordou o incidente com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Jerusalém na quarta-feira, creditando Israel por ter detido três indivíduos envolvidos no ataque.
“Isso é o que eles devem fazer sempre que ocorrerem ataques contra comboios de ajuda humanitária”, afirmou Miller. “Além disso, eles devem tomar medidas para evitar que esses ataques ocorram em primeiro lugar.”
O mesmo comboio de ajuda foi posteriormente entregue a um grupo humanitário para distribuição dentro de Gaza, mas acabou sendo “interceptado e desviado” pelo Hamas, disse Miller, acrescentando que acredita que a ONU conseguiu recuperar o carregamento ou está em processo de fazê-lo.
“Foi um ato inaceitável por parte do Hamas desviar esse auxílio, para começar, confiscar essa ajuda”, declarou Miller. “Se há algo que o Hamas pode fazer para prejudicar os envios de ajuda humanitária, é desviá-los para seu próprio uso em vez de permitir que cheguem aos civis inocentes que tanto precisam. Portanto, eles devem se abster de fazê-lo no futuro”, concluiu Miller.
Fonte: Redação com dados da Reuters