O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, consolidou o compromisso com o Japão como um aliado-chave, em uma série de acordos anunciados durante a reunião com o primeiro-ministro Fumio Kishida. Os líderes discutiram medidas que incluem uma maior integração militar, cooperação em inteligência artificial e uma missão conjunta à Lua. Este movimento é interpretado como uma resposta conjunta à crescente influência da China na região, com foco em fortalecer a segurança e a cooperação econômica entre os dois países.
Segundo a Casa Branca, a parceria militar será aprofundada com a criação de um conselho industrial para produção conjunta de armamentos, aproveitando a capacidade japonesa em setores-chave. Além disso, será estabelecida uma rede de sistemas contra mísseis aéreos em colaboração com a Austrália, visando a segurança regional.
Em relação à tecnologia, acordos de pesquisa em inteligência artificial foram estabelecidos entre universidades dos dois países, com o apoio de grandes empresas como Microsoft e Amazon. Essas parcerias visam impulsionar a inovação e fortalecer a posição dos EUA e do Japão no cenário tecnológico global.
Um dos pontos altos da cooperação é a participação do Japão na missão lunar Artemis, liderada pela NASA, em 2026. Esta será a primeira vez que um não americano fará parte de uma missão lunar, marcando um marco significativo na exploração espacial internacional.
Além dos aspectos estratégicos, a relação entre os dois países foi destacada em um gesto simbólico, com o Japão comprometendo-se a enviar novas cerejeiras para Washington, substituindo as árvores antigas que foram cortadas recentemente. Este gesto representa a continuidade e o fortalecimento da parceria entre os dois países.
A reunião entre Biden e Kishida reforça o compromisso mútuo em enfrentar desafios regionais e globais, consolidando o Japão como um dos principais aliados dos EUA na Ásia-Pacífico.
Fonte: Folha de S.Paulo
