O Pentágono tem dificuldades para cumprir a lei que veta o uso de equipamentos Huawei devido à dependência de empresas que utilizam dispositivos da marca chinesa.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos, sediado no Pentágono, está enfrentando desafios para eliminar os equipamentos da Huawei de suas operações diárias. Embora a legislação norte-americana exija que todos os órgãos governamentais proíbam o uso de dispositivos da Huawei, a realidade prática tem se mostrado complexa.
Mesmo com o veto, o Pentágono precisa frequentemente trabalhar com empresas que utilizam equipamentos da Huawei, tornando “quase impossível” evitar a marca chinesa. Esta situação, segundo representantes do Pentágono, acaba comprometendo a segurança nacional dos Estados Unidos.
Em discussões com membros do Congresso, representantes do Pentágono expuseram essas dificuldades e solicitaram isenção em uma nova legislação que está para ser votada, a qual visa endurecer as restrições contra a Huawei.
Como uma líder no setor de telecomunicações, a Huawei possui uma vasta rede de antenas em países aliados dos Estados Unidos. Apesar do Pentágono estar proibido de usar seus dispositivos em solo americano, ele não pode obrigar a substituição dessas antenas em outras nações, o que faz com que suas comunicações inevitavelmente passem pelas redes da Huawei. Um ex-membro do Departamento de Defesa comentou sobre a situação:
“Há certas partes do mundo onde você literalmente não pode fugir da Huawei. A legislação original (banimento da Huawei) tinha boas intenções, mas a execução e compreensão das implicações do que isso significaria, eu pessoalmente acho que não foi bem pensada pelos congressistas.”
Por outro lado, alguns congressistas americanos criticam o Pentágono, acusando-o de “preguiçoso” e argumentam que o órgão não deve ser isento das novas sanções contra a Huawei.
Até o momento, tanto o Pentágono quanto o governo americano não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto.
Texto adaptado de fontes diversas.