Na noite de terça-feira, uma explosão na Praça dos Três Poderes, em Brasília, levou à morte de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, identificado como o autor do ataque. A Polícia Federal e a Polícia do Distrito Federal estão investigando o caso, que envolve uma série de explosões e levanta preocupações sobre a segurança nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF).
Sequência dos Eventos
O incidente teve início por volta das 19h30, quando um carro, registrado em nome de Francisco Luiz, explodiu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, onde ficam os gabinetes dos deputados. O veículo, com placa de Santa Catarina, continha explosivos amarrados com madeira e fogos de artifício. Após o ocorrido, Luiz teria caminhado até o STF e tentado entrar no prédio, mas sem sucesso. Ele então posicionou-se em frente à estátua da Justiça, ativando um detonador que provocou a explosão junto ao seu corpo.
Detalhes do Atentado
De acordo com testemunhas, Luiz apresentava comportamento suspeito e lançou alguns artefatos em direção ao prédio do STF antes de se deitar e detonar a bomba. A explosão atingiu gravemente sua cabeça e uma das mãos. Em depoimento, uma testemunha mencionou ter ouvido duas explosões no estacionamento da Câmara.
Identidade e Histórico
Nas redes sociais, Luiz era conhecido como Tiü França. Ele foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) em 2020, sem sucesso. Suas redes mostram ameaças a autoridades e citações a uma explosão em Brasília. Em agosto, Luiz publicou uma foto no plenário do STF, sugerindo uma ameaça velada. Recentemente, ele indicou o dia 13 de novembro como data de um “grande acontecimento”.
Possível Conexão com os Atos de 8 de Janeiro
O caso está sendo supervisionado pelo ministro Alexandre de Moraes, que investiga possíveis conexões com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro e milícias digitais. A Polícia Federal está apurando se Luiz agiu sozinho ou com a ajuda de terceiros. Ele havia alugado uma casa em Ceilândia duas semanas antes do atentado, e a polícia procura um trailer que estaria sendo rebocado por seu carro.
A ocorrência levanta questões sobre a segurança das sedes dos Três Poderes, quase dois anos após os ataques golpistas de janeiro de 2023.