A Força Aérea dos EUA (USAF) confirmou por meio de um relatório publicado em abril que não vai mais recuperar um bombardeiro nucler B-2 Spirit que se acidentou após um pouso de emergência em dezembro de 2022.
A aeronave teria sofrido um incêndio após o pouso em 10 de dezembro na Base Aérea de Whiteman, no Missouri, e não seria economicamente viável sua recuperação.
O acidente de 2022 bloqueou a pista da base aérea e motivou a USAF a suspender os voos com todos os B-2 por seis meses.
A perda do segundo B-2 Spirit reduz a frota da aeronave furtiva para apenas 19 jatos. A Northrop Grumman fabricou 21 bombardeiros a partir da Planta 42, na Califórnia, entre o final dos anos 80 e o começo dos anos 90.
A Força Aérea recebeu 20 deles enquanto um B-2 permaneceu como protótipo para testes. Mais tarde, a Northrop entregou também essa aeronave para a USAF.
Com um preço unitário orçado atualmente em mais de US$ 4 bilhões em valores atualizados, o B-2 é o avião mais caro da história, o que torna sua pequena frota extremamente valiosa para o Pentágono.
B-21 só deve substituir o B-2 no final da década
Até hoje apenas um B-2 foi perdido após sofrer um acidente durante a decolagem da Base Aérea de Anderson, em Guam, em 2008.
Os pilotos conseguiram ejetar a tempo, mas a aeronave foi completamente destruída após se incendiar.
Em setembro de 2021, um B-2 saiu da pista de Whiteman após o colapso do trem de pouso direito. A despeito disso, o bombardeiro foi parcialmente recuperado para voar até a Northrop Grumman e passar por uma reforma completa.
A baixa de serviço de mais um B-2 ocorre em meio ao desenvolvimento do bombardeiro B-21 Raider, também furtivo e em formato de asa voadora.
A aeronave da Northrop Grumman segue os passos do Spirit, sendo fabricada na Planta 42, mas terá um custo bem menor e uma configuração versátil para que a USAF possa contar com ao menos uma centena delas.
Atualmente, o primeiro avião de testes está na Base Aérea de Edwards, na Califórnia, após concluir o primeiro voo em novembro de 2023.
A previsão é que o B-21 entre em serviço até o final da década e até lá os B-2 remanescentes continuarão imprescindíveis para os Estados Unidos.
Fonte: reprodução, Air Way